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A Globo se defende

Globo rebate acusações falsas sobre processo na Receita Federal

As Organizações Globo divulgaram na noite desta terça-feira (9) um comunicado no qual rebatem as acusações falsas que circularam durante o dia sobre processo da Receita Federal relativo à aquisição de direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.
A íntegra do comunicado é a seguinte:

Como é de conhecimento público, a Globo Comunicação e Participações adquiriu os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. Em 16/10/2006, a emissora foi autuada pela Receita Federal, que entendeu que o negócio se deu de maneira a reduzir a carga tributária da aquisição.

Em 29/11/06, a empresa apresentou sua defesa junto às autoridades, fundada em sua convicção de que não cometeu qualquer irregularidade, tendo apenas escolhido uma forma menos onerosa e mais adequada no momento para realizar o negócio, como é facultado pela legislação brasileira a qualquer contribuinte.

No dia 21/12/06, a defesa da Globo foi rejeitada pelas autoridades. Alguns dias depois da sessão de julgamento, para sua grande surpresa, foi a Globo informada de que os autos do processo administrativo se extraviaram na Receita Federal. Iniciou-se, então, a restauração dos autos, como ocorre sempre nos casos de extravio de processos. A empresa agiu de forma voluntária, fornecendo às autoridades cópias dos documentos originais, tornando com isso possível a completa restauração e o prosseguimento do processo administrativo.

Em 11/10/07, a empresa foi intimada da decisão desfavorável, apresentando recurso em 09/11/07. No dia 30/11/09, a Globo tomou a decisão de aderir ao Refis (Programa de Recuperação Fiscal) e realizar o pagamento do tributo nas condições oferecidas a todos os contribuintes pelo Fisco. O pagamento foi realizado no dia 26/11/09, tendo a empresa peticionado às autoridades informando sua desistência do recurso apresentado (o que ocorreu em 4/02/10).

Diante das informações mentirosas que circularam nesta terça-feira, a Globo Comunicação e Participações esclarece que soube, apenas neste dia 09/07,  que uma funcionária da Receita Federal foi processada e condenada criminalmente pelo extravio do processo. A Globo Comunicação e Participações não é parte no processo, não conhece a funcionária e não sabe qual foi sua motivação.

O relato acima contém todas as informações relevantes sobre os fatos em questão que são do conhecimento da empresa. A Globo Comunicação e Participações reitera, ainda, que não tem qualquer dívida em aberto com a Receita. Como ocorre com qualquer grande empresa, a Globo Comunicação e Participações questiona autuações que sofreu, na via administrativa ou na judicial, o que é facultado a todos os contribuintes.

A Globo Comunicação e Participações reafirma, ainda, acreditar que as autoridades competentes investigarão o vazamento de dados sigilosos. A empresa tomará as medidas judiciais cabíveis contra qualquer acusação falsa que lhe seja dirigida.

Globo Comunicação e Participações.

O Bode Expiatório da Globo*

Funcionária da Receita é condenada 

por sumiço de processo contra Globo


A servidora da Receita Federal Cristina Maris Meinick Ribeiro foi condenada a 4 anos e 11 meses de prisão pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro por ter, entre outros crimes, extraviado um processo no qual a TV Globo é cobrada em mais de R$ 600 milhões por sonegação fiscal na compra dos direitos de retransmissão da Copa do Mundo de 2002.

A Globo Comunicação e Participações, empresa que controla a TV Globo, emitiu um comunicado na noite desta terça-feira (09) negando participação no extravio do documento.

Segundo a sentença do juiz federal Fabrício Antônio Soares, Cristina teria entrado no escritório da Receita onde trabalhava, no Rio de Janeiro, e subtraído o processo contra a Globo.

Imagens do sistema de segurança interno anexados ao processo mostram que no dia 2 de janeiro de 2007, quando estava em férias, ela entrou com uma bolsa a tiracolo e saiu com uma sacola cheia.

Cristina aguarda julgamento de recurso em liberdade. Ela chegou a ter a prisão preventiva decretada em 2007 mais foi beneficiada com um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal cujo relator foi o ministro Gilmar Mendes.

Em nota divulgada nesta terça-feira, o Ministério Público do Rio de Janeiro diz que o processo contra a Globo foi reconstruído e segue seu trâmite normal.

A investigação, segundo o MPF, começou em 2005 em uma reunião de cooperação com autoridades estrangeiras que apontaram suspeitas sobre diversas empresas.

Entre elas estava a Globopar, controladora da TV Globo.

O caso foi remetido para a Receita Federal que instaurou uma investigação e descobriu que Globopar investiu R$ 1,2 bilhão em uma empresa das Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe.

Como os investimentos são isentos de tributação, a Globo teria escapado de pagar R$ 185 milhões em impostos pela compra dos direitos de transmissão da Copa da 2002.

Além do processo administrativo por sonegação, Cristina Meinick teria sumido também com Representação Fiscal para Fins Penais anexada ao processo da Globo.

Além dos R$ 185 milhões em impostos, a Receita cobra da Globo R$ 274 milhões de juros e R$ 157 milhões de multa.

A empresa emitiu uma nota na qual afirma que “não existe nenhuma pendência tributária da empresa com a Receita Federal referente à aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de Futebol de 2002”.

Mas até aqui a Globo não mostrou o recibo da quitação da dívida.

*Dois bodes eram levados, juntamente a um touro, ao lugar de sacrifício, como parte dos Korbanot do Templo de Jerusalém. 

No templo os sacerdotes sorteavam um dos bodes. Um era queimado em holocausto no altar de sacrifício com o touro. 

O segundo tornava-se o bode expiatório, pois o sacerdote punha suas mãos sobre a cabeça do animal e confessava os pecados do povo de Israel. 

Posteriormente, o bode era deixado ao relento na natureza selvagem, levando consigo os pecados de toda a gente, para ser reclamado pelo anjo caído Azazel.

Chame o ladrão! Prendam a Globo!

Onde foi parar o processo de sonegação da Globo?

Funcionária da Receita acusada de fazer desaparecer documentação.

O caso da sonegação da Globo tende a se tornar um marco na história nacional.

Dadas as informações que vão surgindo – tudo fora da mídia corporativa, aliás – é difícil acreditar em impunidade, mesmo se tratando da Globo com sua poderosa, quase indestrutível rede de amigos, de influência, de represálias e de intimidação.

A mais recente informação veio da internet, pelo twitter de Edu Goldenberg (@edugolbenberg).

E é uma paulada.

Segundo um documento vazado por Goldenberg, uma funcionária da Receita Federal, Cristina Maris Meinick Ribeiro, simplesmente sumiu com o processo em que a Globo é acusada de trapaça fiscal na aquisição dos direitos de transmissão da Copa de 2002.

Segundo os relatos, ela está respondendo à justiça em liberdade por uma decisão atribuída ao ministro do STF Gilmar Mendes.

Papeis da Receita, veiculados pelo blog O Cafezinho, mostraram que a Receita pilhara a Globo numa manobra em que a aquisição dos direitos da Copa foi tratada como investimento no exterior. 

Com isso, a Globo não pagou o imposto devido no Brasil – e sim o do paraíso fiscal em que a falsa operação foi realizada, as Ilhas Virgens.

Em 2006, o valor que a Globo tinha que pagar batia em 615 milhões de reais.

Divulgado o caso, a Globo ignorou primeiro, tergiversou depois e só reconheceu o problema quando o UOL entrou em ação (para depois, misteriosamente, abandonar a história).

Numa nota, a empresa afirmou ter pago multa à Receita.

Mas então a fonte da Receita que passara a informação ao Cafezinho veio com uma nova bomba: disse que a Globo na verdade jamais pagou a multa e nem nada dos 615 milhões assinalados. “Se pagou, mostra o darf”, desafiou a fonte.

Darf é o recibo da Receita.

Como certos cadáveres de romances policiais, o darf da Globo jamais apareceu, e esta informação ficou limitada aos sites jornalísticos, o Diário incluído.

A grande mídia não compareceu a um assunto de claro, torrencial interesse público.

Considere.

Uma escola com uma área de 10 mil metros quadrados, e 5,2 mil metros quadrados de área construída, custa cerca de 4 milhões de reais. 

Este custo inclui 12 salas de aula, laboratórios multidisciplinares e de informática, salas de arte e de vídeo, biblioteca, auditório, praça central e quadra esportiva coberta.

Você poderia construir mais de 150 escolas públicas desta com a sonegação da Globo – naquele e apenas naquele episódio da Copa.
E então chegamos ao interesse público.

No Brasil, o sigilo fiscal é um desdobramento da proteção à intimidade.

A Constituição diz no artigo 5º, X: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”. (Tudo aquilo que a mídia infringe constantemente contra seus adversários, e impunemente.)

Os tribunais, incluído o STF, entendem que este direito não é absoluto. O sigilo pode e deve ser rompido quando o caso é de “preponderante interesse público”.

“A proteção aos sigilos bancário e fiscal não é direito absoluto, sendo que os mesmos podem ser quebrados quando houver a prevalência do direito público sobre o privado, na apuração de fatos delituosos ou na instrução dos processos criminais, desde que a decisão esteja adequadamente fundamentada”, disse o STJ numa decisão.

O Ministério Público teria que pedir a quebra do sigilo no caso da Globo. Mas, pelo menos até aqui, não pediu – e este é um dos pontos que devem ser também devidamente esclarecidos.

Não que o MP não faça este tipo de coisa.

Eis um trecho de uma notícias no site do STJ: “No último mês de setembro, o ministro João Otávio de Noronha acatou parcialmente a manifestação do Ministério Público e retirou o sigilo, em parte, do Inquérito n. 681, que investiga denúncia de desvio de verbas públicas no estado do Amapá, fato esse apurado pela Polícia Federal na Operação Mãos Limpas.”

Ao acolher o pedido do Ministério Público, nesta fase de investigação, o ministro João Otávio ressaltou que, com a realização das buscas e apreensões e as prisões, o caso caiu em domínio público, “e a imprensa tem noticiado fatos com restrição de informações, o que enseja a distorção delas”.

Tudo isso – incluídas as distorções pela falta de informações oficiais – demandaria a quebra do sigilo fiscal neste caso da Globo.

Recentemente, quando o presidente do Bayern de Munique foi flagrado numa sonegação pelo uso de paraíso fiscal, o governo alemão explicou assim o rigor empregado (ele teve que pagar uma fiança de 15 milhões de reais para escapar da prisão): “Nenhum país pode funcionar quando as pessoas imaginam que podem fazer aquele tipo de coisa sem consequência.”

Neste particular, o que vale para a Alemanha vale – integralmente – para o Brasil.

Dom Joaquim Barbosa I - O Possesso. Seu reino por um plim, plim!

A Globo e Joaquim Barbosa são um caso indefensável de conflito de interesses

Com seu filho empregado na Globo, JB fica moralmente impedido de julgar coisas relativas à Globo.

JB com João Roberto Marinho num prêmio que o Globo lhe ofereceu
JB com João Roberto Marinho num prêmio que o Globo lhe ofereceu
Devem imaginar que nós somos idiotas, a Globo e Joaquim Barbosa.

Não há outra explicação.

Como pode a Globo dar emprego ao filho de JB? E como JB pode deixar que isso ocorra?

Neste exato momento, a Globo enfrenta uma questão multimilionária na Receita Federal. Documentos vazados – demorou para que isso ocorresse – por alguém da Receita contaram uma história escabrosa.

Os documentos revelam, usemos a palavra certa, uma trapaça. Com o uso de um paraíso fiscal, a Globo fingiu que estava fazendo uma coisa quando comprava os direitos de transmissão da Copa de 2002.

A Globo admitiu a multa que recebeu da Receita. E em nota alegou ter quitado a dívida.
Mas a fonte da Receita disse que não é verdade. E pelo blog O Cafezinho, que trouxe o escândalo, desafiou a Globo a mostrar o recibo.


Apenas para constar.

O dinheiro que a Globo não recolheu constrói escolas, hospitais, portos, aeroportos etc etc.

Mas, não pago, ele termina na conta dos acionistas.

Foi, além do mais, usado um paraíso fiscal, coisa que está dando prisão na Europa hoje em dia.

Isto tudo posto, vamos supor que uma questão dessas termine no STF.

Qual a isenção de JB para julgar?

É uma empresa amiga: emprega o filho dele.

Dá para julgar?

E a sociedade, como fica?

Gosto de citar um dos maiores jornalistas da história, Joe Pulitzer. Às equipes que chefiei, citava exaustivamente uma frase que é vital para o exercício do bom jornalismo.

“Jornalista não tem amigo”, escreveu Pulitzer.

O que Pulitzer dizia: se você tem amigos, você não vai tratá-los com a neutralidade devida como repórter ou editor.

A Globo está cheia de amigos, e esta é uma das razões pelas quais seu jornalismo é tão viciado – e seus donos tão ricos.

Mas as amizades de JB são ainda mais preocupantes, dado o cargo que ele ocupa.

A Justiça brasileira é um problema dramático.  Recentemente, os brasileiros souberam das estreitas relações entre o ministro Fux, também do Supremo, e um dos maiores escritórios de advocacia do Rio.

Sua filha, advogada, é empregada deste escritório. Como Fux pode julgar uma causa deste escritório?

Não pode.

Há um claro conflito de interesses.

O mesmo vale para Joaquim Barbosa.

Quem acredita que ele não enxergou o conflito de interesses no emprego dado a seu filho na Globo acredita em tudo.

É um caso tão indefensável que a Globo, inicialmente, negou a informação, obtida pela jornalista Keila Jimenez, da Folha. Procurada, a Globo, diz a Folha, negou a contratação. Disse que o filho de JB fora “apenas fazer uma visita ao Projac.

Só depois admitiu.

É uma história particularmente revoltante quando se lembra a severidade com que JB comandou o julgamento do Mensalão.

Ele fez pose de Catão com suas catilinárias anticorrupção, e impressionou muitos brasileiros que podem ser catalogados na faixa dos inocentes úteis.

Mas se fosse Catão não permitiria que seu filho trabalhasse na Globo. Não pagaria – como revelou o Diário – com dinheiro público a viagem de uma jornalista do Globo para uma viagem de completa irrelevância para a Costa Rica, apenas para obter cobertura positiva do jornal.

Não usaria, como se soube agora, recursos públicos para ver um jogo do Brasil num camarote de apresentadores – claro – da Globo.
E provavelmente Catão também jamais gastasse o equivalente a 90 000 reais, em dinheiro do contribuinte, para uma reforma.

Joaquim Barbosa não tem autoridade moral para ocupar o cargo que ocupa:  infelizmente os fatos são claros.

Ele é um drama, uma calamidade nacional.

Sêneca dizia que era mais fácil começar uma coisa errada do que depois resolvê-la.

A nomeação de JB por Lula – que procurava um juiz negro para o Supremo — foi um erro monumental.

Resolvê-lo agora é uma enorme, uma trágica dificuldade.

Globo recebeu mensalão dos EUA

by bloglimpinhoecheiroso
Miguel do Rosário em seu O Cafezinho
Um artigo publicado no site Carta Maior, fundamentado em livros de jornalistas e historiadores norte-americanos, descreve como os Estados Unidos financiaram empresas brasileiras de mídia, sobretudo as Organizações Globo, para defender seus interesses econômicos, em detrimento do Brasil.
Um trecho:
Em 1962, o grupo Time-Life encontra seu parceiro ideal para entrar de vez no principal ramo das comunicações, a Televisão. A recém-fundada TV Globo, de Roberto Marinho. Era uma estranha sociedade. O capital da Rede Globo era de pouco mais de 200 mil dólares, ao câmbio da época. O aporte dado “por empréstimo” pela Time-Life era de 6 milhões de dólares e a empresa tinha um capital dez mil vezes maior.
Observe a data: 1962. A Globo recebeu mensalão dos EUA não para aprovar “reforma da previdência”, conforme a ridícula teoria de Joaquim Barbosa sobre o mensalão do PT. Recebeu mensalão para incitar um golpe de Estado e defender interesses nocivos ao livre desenvolvimento das forças nacionais.
Globo_Jornal02041964
“A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura!”
Não por outra razão, um dos refrões de protesto mais populares entre os manifestantes de ruas tem sido: “A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura!”
Se somarmos o mensalão dos EUA a todas as regalias que a Globo passou a receber do governo a partir do golpe militar, podemos ter uma vaga ideia de como os Marinho se tornaram a família mais rica do mundo no setor de mídia. Com um detalhe triste, os governos Lula e Dilma continuaram a encher a barriga do monstro. Nos últimos 10 anos, a Globo recebeu cerca de R$6 bilhões em publicidade federal.
A Globo acaba de admitir, em comunicado, que sonegou impostos federais através de uma operação em paraíso fiscal, confirmando o furo deste blog.
A emissora afirma que pagou a multa. A informação que eu tinha era de que não havia pago. A ver. O que importa aqui é detectar o modus operandis da Globo há muitos anos. Apoiando golpes de Estado, inventando manobras para sonegar tributos, manipulando informações, editando debates políticos para favorecer um candidato. Com a internet e as redes sociais, este poderio tem sido contestado, mas a própria Globo também usa a internet para se tornar mais poderosa.
Enfim, reitero o que disse nos posts anteriores que tratam da fraude tributária da Globo. Quem dera o problema dos platinados fosse apenas um caso de sonegação de impostos! O maior dano que a Globo faz à democracia é ser a cabeça de um cartel que monopoliza a informação no país. O gigante popular, quando acordar de vez, terá que enfrentar esse outro gigante, que nunca esteve dormindo.

Corrupção, agora, É CRIME HEDIONDO! Se avie GLOBO!

Havelange e Ricardo Teixeira irrompem no caso Globo versus Receita

O caso vai ficando cada vez mais turvo.

Ricardo Teixeira sempre teve tratamento vip da Globo
Ricardo Teixeira sempre teve tratamento vip da Globo
E a história da Globo versus a Receita vai ficando cada vez mais complicada.

Primeiro, foi a informação divulgada pelo blog O Cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário.

Uma fonte da Receita Federal passou ao blog documentos que contavam uma história sensacional.

Por eles, a Globo enganou a Receita na compra de direitos para a Copa de 2002. Para não pagar o imposto devido, segundo os documentos, inventou uma operação que não era a real.

Pilhada pela Receita, a Globo teria que pagar 615 milhões de reais – em dinheiro de 2006 – pelo ‘malfeito’, como é moda falar hoje.
O UOL foi checar a história.

Inicialmente, recebeu um ‘eufemismo’ como resposta, contou o repórter do UOL incumbido da investigação.

Depois, como ele insistisse numa pergunta específica – se a Globo fora de fato multada pela Receita –, veio a admissão.

Sim, fomos multados, admitiu a Globo. O UOL publicou, e a Globo postou uma nota que dizia ter quitado o que devia à Receita por conta da Copa de 2002.

Viria, logo depois, pelo mesmo blog um desmentido.

A fonte do Cafezinho na Receita afirmou que a Globo não pagara coisa nenhuma. Um link que vai dar na Receita indica, de fato, que o caso está ‘em trânsito’.

Aberto, portanto, não encerrado.

A fonte desafiou: se pagou, então mostra o darf (o recibo).
Até o momento em que é escrito este texto, a Globo não mostrara o darf.

Miguel, do Cafezinho, é o Davi contra Golias
Miguel, do Cafezinho, é o Davi contra Golias

Já seria o suficiente para uma compreensível pancadaria moral na Globo: sonegar é um ato de corrupção passível de prisão em muitos lugares.

E a Globo se esmerou, nos últimos anos, em usar a palavra ‘corrupção’ em seus ataques às duas administrações petistas.
Mas viria ainda mais coisa à cena.

Foi desencavada, por outro blog, o Blog do Paulinho, uma reportagem do Estadão de 2012. Ela relatava o cerco da justiça suíça a João Havelange e Ricardo Teixeira, então influentes na Fifa.
Os dois cartolas, segundo a justiça suíça, recebiam propinas em contas no exterior para favorecer interesses poderosos.

Por exemplo: garantir que a Fifa decidisse vender os direitos de transmissão de uma Copa à emissora A, e não B ou C ou qualquer outra.
Segundo a justiça suíça, citada na reportagem do Estadão, parte do dinheiro ganho em propinas por Havelange e Teixeira adveio exatamente do contrato de transmissão da Copa de 2002.

Disse o Estadão, com base na papelada da justiça suíça: “Havelange recebeu propinas de uma empresa para garantir o contrato para a transmissão do Mundial de 2002 no mercado brasileiro.”

Quem transmitiu a Copa de 2002?

É curioso que, diante de tais fatos, a mídia brasileira não tenha se animado a investigar o caso.

Perguntei hoje a Sérgio Dávila, editor executivo da Folha, se o jornal não iria fazer nada.

Se eu fosse jornalista da Folha, me sentiria envergonhado em saber que quem foi atrás da história do Cafezinho foi o UOL.
“Estamos investigando e, se acharmos que a história se sustenta, vamos dar”, disse Dávila.

Um amigo retrucou quando lhe contei isso: “Quem acredita nisso acredita em tudo.”

Espero que ele esteja errado.

GLOBO é expulsa até em Londres!


Mensalão da Globo resultou em multa de R$ 183 milhões por sonegação

Miguel do Rosário


O Cafezinho acaba de ter acesso a uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo. 

Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não atualizados. 

Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje.


A fraude da Globo se deu durante o governo Fernando Henrique Cardoso, numa operação tipicamente tucana, com uso de paraíso fiscal. 

A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002 como investimentos em participação societária no exterior. O réu do processo é o cidadão José Roberto Marinho, CPF número 374.224.487-68, proprietário da empresa acusada de sonegação.


Esconder dólares na cueca é coisa de petista aloprado. Se não há provas para o mensalão petista, ou antes, se há provas que o dinheiro da Visanet foi licitamente usado em publicidade, o mensalão da Globo é generoso em documentos que provam sua existência. 

Mais especificamente, 12 documentos, todos mostrados ao fim do post (no Viomundo, acima). Uso o termo mensalão porque a Globo também cultiva seu lobby no congresso. Também usa dinheiro e influência para aprovar ou bloquear leis.


O processo correu até o momento em segredo de justiça, já que, no Brasil, apenas documentos relativos a petistas são alvo de vazamento. Tudo que se relaciona à Globo, à Dantas, ao PSDB, permanece quase sempre sob sete chaves. 

Mesmo quando vem à tôna, a operação para abafar as investigações sempre é bem sucedida. Vide a inércia da Procuradoria em investigar a privataria tucana, e do STF em levar adiante o julgamento do mensalão “mineiro”.


Pedimos encarecidamente ao Ministério Publico, mais que nunca empoderado pelas manifestações de rua, que investigue a sonegação da Globo, exija o ressarcimento dos cofres públicos e peça a condenação dos responsáveis.


O sindicato nacional dos auditores fiscais estima que a sonegação no Brasil totaliza mais de R$ 400 bilhões. 

Deste total, as organizações Globo respondem por um percentual significativo.


A informação reforça a ideia de que o plebiscito que governo e congresso enviarão ao povo deve incluir a democratização da mídia. 

O Brasil não pode continuar refém de um monopólio que não contente em lesar o povo sonegando e manipulando informações, também o rouba na forma de crimes contra o fisco.

O PIG não sossega um minuto!

Não leio Merval!

Me enoja!

Mas tenho que admitir, ele escreve bem.

E a favor ddo PIG.

Hoje, mais que O Corvo Noblosta, ele dá a credibilidade que precisam.

É amigo dos juizes pusilânimes, do STF.

Recebe ligações "amorosas" deles.

Tem um deles s prefaciar um dos seus, digamos assim......livro

Mas, os que lêem me instruem das imensas barbaridades que escreve.

Hoje cometeu mais uma.

Os "mensaleiros" NÃO FORAM CONDENADOS. Estão sendo julgados e a lei, que ele chama de "falha", ainda aguarda recursos. Só ai poderá se dizer quem é CULPADO ou NÃO.

Como ele se acostumou na ditadura, não consegue escrever com isenção. Faz críticas a um sistema que condena um jornalista a pagar vultosa quantia a um outro. Mas como o penalizado é da blogosfera e o penalizador é do PIG, ele se cala.

Por isso não leio.

Mas cabe aqui lembrar-lhe algumas coisas:

- A Globo, de seus patrões, manipulou o resultado das eleições de 1982. Isso pode?
_ A Globo de seus patrões, apoiou o golpe de 1 de abril de 64. Isso pode?
- A Globo, de seus patrões, manipulou o debate de collor e LULA. Isso pode?
- A Globo, de seus patrões, mentiu essa semana, ao fazer reportagem sobre a Norte/Sul, inclusive passando batido pelo fato de fhc não ter construído 1 km siquer da Ferrovia. Isso pode?
 - A Globo de seus patrões, mente TODO dia, fabricando cada um desses dias um nova crise, ou um novo apagão, ou um "desastre" novo. Isso pode?

Claro que pode.

Eles podem tudo.

Só não podem enganar o povo o tempo todo. Daí esse povo escolheu DILMA, vai escolher novamente e toda hora, eles estão a ser desmentidos pelos fatos, que são imutáveis.

A Globo dá golpe.
A Globo manipula indices.
A Globo falsifica documntos
A Globo esconde a verdade
A Globo, virou A Goebbels " repete uma mentira até que vire uma verdade".
Paulo Morani
O Broguero

Goebbels mente mais uma vez e o governo emite "nota oficial" para desmentir!

Esse é o caminho da rede Goebbels
O governo responde com uma nota oficial a vergonhosa reportagem da Globo. Façam-me o favor. A gente batalhando nos blogs e vocês pondo o "rabo entre as pernas". 

TEM QUE PEDIR IGUAL TEMPO DE RESPOSTA E CALAR A GORDA CERIBELLI QUE FEZ COMENTARIOZINHO SAFADO NO FIM DA REPORTAGEM
Nota Oficial não. 
Tem que exigir o direito de resposta já.
E precisa ser denunciado que no governo de FHC não foi construido 1 km siquer.
A reportagem tendenciosa é claro, nada fala.

Vejam aqui a Nota Oficial  

Nota à imprensa

Ferrovia Norte-Sul e Porto de Santos

Brasília, 22/04/2013 – A respeito da matéria “Deficiência estrutural nas ferrovias e portos faz Brasil desperdiçar bilhões”, exibida no programa Fantástico de 21/04/13, os Ministérios do Planejamento e Transportes, Secretaria de Portos e Valec Engenharia, Construções e Ferrovias SA esclarecem:

1. A ferrovia Norte-Sul, com 2.255 quilômetros de extensão, se encontra em três diferentes estágios:
a. Trecho Palmas/Açailândia: 719 quilômetros em operação
b. Trecho Palmas/Anápolis: 855 quilômetros em finalização de obras (90% de execução)
c. Trecho Anápolis/Estrela d’Oeste: 681 em obras (35% de execução)

2. A reportagem se concentrou no trecho entre as cidades de Palmas (TO) e Anápolis (GO) cujas obras estão sendo finalizadas e, de fato, não estão concluídas.

3. Quatro novos contratos, realizados pelo Regime Diferenciado de Contratação Pública (RDC), farão os serviços necessários para colocar o trecho entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), em operação, tais como: taludes, brita para sustentação dos dormentes, desvios e pátios de manobra. Esses contratos somam R$ 400 milhões: dois já estão com contratos assinados e dois em fase final de licitação.

4. Os 10% restantes de obras, entre o trecho entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), serão realizados até o final de 2013 e o segmento entrará em operação em 2014.

5. Em relação ao trecho Anápolis/Estrela d’Oeste, não é verdadeira a informação de que não há projeto para pontes e passagens. Todos os projetos executivos das 69 pontes ou passagens estão finalizados. 60 deles estão aprovados e os nove restantes, em fase final de análise. A previsão de conclusão de obras nesse trecho é julho de 2014.

6. Não é verdadeira também a informação sobre a dragagem do Porto de Santos. Ao contrário do que diz a matéria, recentemente foi concluída a primeira fase da dragagem de aprofundamento do canal de acesso e bacias de evolução do Porto. Essa dragagem amplia o acesso de grandes navios e eleva a capacidade de transporte de carga. Também foi concluída a implosão das pedras de Itapema e Teffé, além da retirada do navio Ais Georgis, que contribui para melhorar a movimentação de grandes embarcações.


7. No Porto de Santos, de 2002 a 2012, a movimentação de cargas aumentou em 97% e a quantidade de navios atracados, em 40%.

8. A reportagem não aborda os benefícios já gerados pelos trechos em operação da Ferrovia Norte-Sul e omite parte de sua história:

a. De 1987 a 2002 foram realizados 215 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. A partir de 2003, foram concluídos 504 quilômetros entre Aguiarnópolis (TO) e Palmas (TO).
b. De 2008 até junho de 2012 já foram transportados quase 9 milhões de toneladas de grãos, minério de ferro e areia na Ferrovia Norte-Sul.
c. Em 2014, a Ferrovia Norte-Sul terá 2.255 quilômetro em operação: de Açailândia (MA) até Estrela D´Oeste (SP).
d. Em complemento, serão leiloados no segundo semestre de 2013 a concessão para construção e operação dos segmentos entre Açailândia (MA) e Vila do Conde (PA), fazendo a ligação da ferrovia ao norte para o Porto de Vila do Conde (PA); e entre Estrela D´Oeste (SP) – Panorama (SP) – Maracaju (MS) – Paranaguá (PR), complementando a ligação da ferrovia com portos do sul do país.
e. O PAC marca a retomada do modal ferroviário no transporte de cargas no Brasil, que manteve sua malha estagnada até meados de 1996.
f. O PAC representará uma ampliação da malha ferroviária de 5.050 quilômetros até 2016, muito superior aos 719 quilômetros de expansão da malha nos 20 anos que o antecederam. Além da Norte-Sul, destacam-se grandes obras como:
114 quilômetros em operação da Ferronorte, entre Alto Araguaia (MT) e Itiquira (MT).
146 quilômetros da Ferronorte, em fase final de obras: Itiquira (MT) e Rondonópolis (MT)
Ferrovia Transnordestina – 1.728 km
Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) – Ilhéus (BA) – Barreiras (BA) – 1.022 km
g. Além disso, o Governo Federal lançou em agosto de 2012 o Plano de Investimentos em Logística (PIL), que prevê a ampliação da malha ferroviária nacional em mais de 10 mil km. Os leilões de concessão desses novos segmentos ferroviários estão previstos para o 2º semestre de 2013.
h. O planejamento de expansão da malha ferroviária pelo Governo Federal, somando PAC e as concessões permitirão a sua ampliação em mais de 15 mil km, mais de 50% da malha hoje existente, 28.700.

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Ministério dos Transportes
Secretaria de Portos
Valec Engenharia, Construções e Ferrovias SA 


2030: o Brasil pós-Globo

Uma utopia possível e até provável.

No futuro, você não verá este tipo de jornalismo
No futuro, você não verá este tipo de jornalismo
Me pedem que analise um texto de um colunista que eu não conhecia, Rodrigo Constantino.
Li.

A não ser que aconteça uma desgraça, não voltarei a lê-lo jamais.

É um cruzamento de Olavo Carvalho, Reinaldo Azevedo e Ali Kamel.

Muito para mim.

Sobre o texto, é uma distopia. O Brasil, no futuro, terá a moeda comum do continente, o bolívar, e o Bolsa Família, “esmola”, será universal entre nós.

É mais ou menos isso.

Ofereço uma visão alternativa de futuro. Fixemos o ano de 2030.

Em 2030, o Brasil já não terá mais a Rede Globo. Ela foi definhando em audiência, o que já está ocorrendo aliás há alguns anos.  Eram 50%, depois 40%, depois 30%, depois 20%, e afinal o zero se aproximava.

Chegou uma hora em que ela era vista apenas pela família Marinho, e não na totalidade, e parte dos funcionários da Globo.

O golpe baixo com o qual ela segura a receita publicitária – o infame BV, que mantém as agências acorrentadas à empresa – foi finalmente enquadrado pelo governo como prática monopolista e desleal.

O governo também apertou o cerco sobre expedientes fiscais imorais, como a proliferação de PJs. O caso icônico de Carlos Dornelles deflagrou uma ação da Receita Federal que pôs fim à mamata.

E a internet foi cobrando o seu preço, segundo a segundo.

No futuro que ofereço ao exame de vocês, os brasileiros ao se livrar da Globo se livrarão também de: a) novelas que deseducam; 
b) programas como o BBB, que também deseducam; 
c) horários abjetos de jogo de futebol apenas para que as novelas não sejam interrompidas.

É fácil montar um abecedário aí.

Os brasileiros também estarão libertados de noticiários desonestos e manipuladores, e de colunistas que combatem tenazmente pela manutenção dos privilégios dos Marinhos, de Jabor a Merval.

Não mais Jô, não mais Galvão, não mais Waack. Não mais Faustão, não mais Fantástico, não mais Ana Maria Braga.

Não mais Bonner. Não mais Bial. Talvez bebamos menos cerveja, e levemos portanto uma vida mais saudável, porque sumirão os merchans das novelas que estimulam os espectadores a achar qualquer motivo para abrir uma lata ou uma garrafa de qualquer marca.

Isso porque o anunciante é a Ambev, dona de quase todas as marcas, a começar por Brahma e Antarctica, e então não faz diferença que cerveja seja consumida.

Os Marinhos deixarão de figurar na lista dos bilionários da Fortune, e parte de sua fortuna irá construir casas, escolas e hospitais nas favelas cariocas, que aliás deixarão de ser favelas.

Numa autocrítica imperiosa, a prefeitura de São Paulo rebatizará a avenida Roberto Marinho como avenida Vladimir Herzog.

Já não lembro os detalhes do futuro de Constantino, mas prefiro me ater a este, que de resto considero bem mais realista.

Quanto a ele próprio, Constantino, em 2030 ele está casado com Yoani, e os dois vivem numa tent city em Miami. O padrinho do casamento foi o cubano exilado em Miami Carlos Alberto Montanez, o Perfeito Idiota Latino-americano.

A Globo quer calar o Azenha

por Luiz Carlos Azenha
Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.

Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.

Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.

Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.

Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.

Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.

Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.

Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.
Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.

Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério. (grifo do Broguero)
No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.

Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.

Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.

Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.

Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.

Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.
Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.

O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.

Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.
Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?

O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.

Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.

Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.

Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão — entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.
Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.

E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo.

Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.
Eu os vejo por aí.

PS do Viomundo: Vem aí um livro escrito por mim com Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo, além de retratar tudo o que vocês testemunharam pessoalmente em 2010 e 2012.

PS do Viomundo 2: *Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira.
Leia outros textos de Plenos Poderes

Quem será essa corajosa?

‘Verdade que a Globo queria que você assinasse um papel que impediria você de falar sobre ela?’

Sim: a Globo joga pesado, aprendi rapidamente.

Jorge Nóbrega demite gente entre o natal e o fim do ano se o patrão quiser
Jorge Nóbrega demite gente entre o natal e o fim do ano se o patrão quiser
“Quando você vai publicar o livro?”, me pergunta no almoço uma amiga jornalista.
Ela está se referindo a “Minha Tribo: o Jornalismo e os Jornalistas”, o relato de minhas experiências em redações desde que entrei numa delas, em 1980.
“Se tudo der certo, no final do ano”, respondo. “Vou ao Brasil em junho e pretendo conversar com algumas editoras.”
“Tem que ser uma editora grande”, ela me diz.
“Não acho”, digo. “Tem que ser uma editora corajosa. Que não tenha medo de se indispor com a Globo. Não é fácil.”

Sei como raciocinam as editoras de livro convencionais. A possibilidade de que a Globo deixe de dar resenhas de seus livros por publicar o meu é algo que vai apavorá-las.
“Você tem medo de processo?”, ela me pergunta.
“Não inventei nada. Não criei um único fato. Sou um jornalista sério. Responsabilíssimo. Coisas mais picantes estão documentadas.”
“Por exemplo?”
“A demissão do Juan Ocerin entre o Natal e o Ano Novo pelo Jorge Nóbrega. O Juan foi para o Rio achando que tinha que mexer alguma coisa no planejamento do ano seguinte e acabou voltando sem emprego. Ficou perturbado.”

Juan Ocerin era o diretor-geral da editora Globo. A versão que ouvi de diretores das Organizações Globo é que Juan fora demitido por ser espanhol. Ele era espanhol desde que nascera e fazia já alguns anos diretor geral da editora. Uma versão mais crível, que me foi contada por Frederic Kachar, antigo braço direito de Juan e depois seu substituto, é que o primogênito de Roberto Irineu Marinho sugeriu ao pai que Juan fosse demitido pouco depois de ele, Juan, ter feito a tradicional apresentação de planos para o ano seguinte. Segundo a versão que ouvi, Roberto Irineu teria dito, em âmbito fechado, que não gostava daquele “espanhol” e seu filho perguntou por que não o demitiam, então. Nóbrega demitiu Juan.
Cria de Emir
Cria de Emir
Nóbrega é muito bem pago para fazer coisas como aquela. Está na lista das pessoas que mais contribuem para projetos culturais com base em leis de incentivo do governo. Deixei em itálico a contribuição porque ela deriva do dinheiro que a pessoa teria que pagar mesmo como imposto de renda. Não é uma doação propriamente dita. Não é um ato desprendido de mecenato. Nóbrega, na lista, aparece ao lado de sobrenomes conhecidos do capitalismo brasileiro, gente como as filhas de Amador Aguiar, o fundador morto do Bradesco. Seu apoio é virtualmente corporativo. Uma peça de teatro com gente da Globo foi beneficiada.

Nóbrega é uma espécie de preceptor da nova geração de Marinhos. No passado, os preceptores de pessoas ricas eram gente como Aristóteles, que orientou o jovem Alexandre, e Sêneca, que cuidou da educação de Nero antes que este enlouquecesse. Sob este prisma, o mundo não progrediu muito com o correr dos séculos.

É curioso o processo colaborativo que se cria em torno de certas coisas como meu livro. Uma amiga viu a lista dos pretensos mecenas. Chamou a atenção a presença de alguém cujo nome não esteja vinculado a uma família muito rica. Lembrou que lera algo sobre aquele desconhecido no Diário. E me remeteu então o link para que eu checasse se era o mesmo Nóbrega. Era. Mundo estranho, mundo pequeno.

O detalhe tragicômico da demissão do espanhol – a mais absurda e surreal que vi em minha carreira – é que Juan levou a Nóbrega um brinde que recebera de uma editora alemã como presente de Natal. Uma coleção de cds de música clássica. Adicionalmente, a agressão à mais elementar das regras sobre como demitir alguém foi cometida por um homem que é visto nas Organizações Globo como um mestre do RH.

“Você não acha que publicar isso pode trazer problema para você?”, ela pergunta.
“A história é muito mais cheia de detalhes do que meu espaço no livro permite publicar. São fatos, estão documentados, foram testemunhados por muita gente que está fora da Globo e não teria problema em confirmar”, digo a ela.

“Você falou no discurso de despedida do Ocerin”, ela me diz.
“Pois é. Lamento não ter gravado num vídeo. O Juan parecia um basco em guerra. Estava perturbado, transtornado. As pessoas na platéia não entenderam direito o que ele queria dizer. Mas era uma coisa solene, grave. Quase épica.”
“Terminou ali a história dele na Globo?”
“Não. Ele ainda aproveitou uma boca-livre da Quem no carnaval da Bahia. A Quem tinha montado um camarote em Salvador.”
“Não acredito. Ele ainda teve coragem de ir para lá, demitido do que jeito que foi?”, ela pergunta.
“Os bascos são corajosos”, digo.
“É verdade que a Globo queria que você assinasse um documento em que se comprometia a não falar nada dela?”
“Mais de uma vez. Tenho a cópia de um deles, o último.”
“Posso te dizer uma coisa?”, ela pergunta. Aquieço.
“Faça qualquer coisa. Mas não deixe de publicar esse livro. Não se deixe intimidar.”
Sorrio. Estou terminando meu pastel de nata de sobremesa.
“Pode ficar tranquila. Sou cria do Emir Macedo Nogueira.”
 

Cai audiência de atrações importantes da Globo

Do F5, da Folha

O Broguero

Fica claro que a ascenção de um povo financeiramente, reflete claramente em suas escolhas. Com mais dinheiro, vê-se mais a TV a Cabo. Os planos de TV a cabo e as "gatonetes" abrem outras opções para que vê TV.  E por isso essa queda que tende a aumentar, se a Goebbels não mudar sua linha editorial, principalmente!

 

Principais programas da Globo têm queda de ibope; veja lista

Colunistas - Ricardo Feltrin

Aos poucos vão fazendo sentido as profundas mudanças que a Globo fez em vários de seus escalões neste ano.
Uma análise de ibope de seus principais produtos fixos (não incluídos os sazonais como "BBB", "F1", futebol etc.) aponta que a emissora vem sofrendo queda sistemática de audiência na maioria de seus produtos. E não adianta usar a desculpa de que "oh, boa parte das pessoas está assistindo à Globo na internet", porque isso não é verdade.
Os números de visualizações de atrações na internet ainda são muito pequenos para afetar a conta toda. Nem a TV paga ainda conta. O produto importante ainda é, e continuará a ser por um bom tempo, a TV aberta. Vejamos as quedas nas tabelas abaixo, obtidas com exclusividade pela coluna:
  Editoria de Arte/Folhapress  

DRAMATURGIA DAS 21h
Das três novelas no biênio 2011/2012, a única que teve algum ganho foi "Avenida Brasil", com inexpressivo crescimento de 1% no ibope e 5% no share. Mas, certamente, esse ganho já será consumido pela má performance da atual "Salve Jorge".

DRAMATURGIA DAS 18H e 19H
As novelas das 18h e 19h, por sua vez, tiveram marcantes quedas. Entre 2011 e 2012, a novela das 18h perdeu 12% de ibope e 5% de share (share é a participação do programa no número de TVs ligadas; ou seja, do tanto de TVs ligadas àquela hora, X% estavam assistindo a novela tal...). Já a novela das 19h perdeu 10% de audiência e 5% de share. Cada ponto vale por 60 mil domicílios na Grande SP.

AFUNDA! AFUNDA!
De longe, o produto fixo que mais ibope perdeu no último biênio foi o veterano "Esporte Espetacular", que caiu 16% no ibope e 10% no share. Esse seria um motivo da reação do público à presença de Tande que, como excelente jogador de vôlei, é um insosso apresentador.

OUTRO EM QUEDA
Outra atração fixa que chama a atenção por estar tendo má performance é o "Caldeirão do Huck". O programa perdeu entre 2011 e 2012 cerca de 12% de índice de audiência e 6% de share. As mudanças promovidas no "Bom Dia Brasil" também não parecem ter surtido muito efeito: caiu 12% em ibope e 7% em share. Está perdendo fôlego para o "Fala Brasil" da Record, tudo indica.

E TEM MAIS
Pode esperar a partir de agora cada vez mais sambistas e quadros-reality no matinal da Globo. Não se espantem se "Encontro com Fátima" virar uma espécie de cover do "Esquenta", de Regina Casé. 

Ninguém parece ter ficado muito surpreso com a transferência do programa de Fátima Bernardes para o núcleo de Boninho. Já era esperada uma guinada ainda maior rumo à popularização do programa - para alguns, com ar elitista demais.