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Os indícios e o pau que dá em Chico

 

As eleições que estão em curso entre nós permitem diversas análises e, para usar a palavra da moda, fornecem indícios bastante significativos. O primeiro deles parte das expectativas dos direitistas de plantão de que o julgamento do “mensalão" – estrategicamente colocado, com requintes cirúrgicos, no meio do processo eleitoral – levaria à derrocada das forças políticas de esquerda, convenientemente confundidas com a corrupção. Afinal, há robustos indícios de que os elitistas de sempre, com uma mãozinha do STF, tenham imaginado pôr fim a tantos projetos de inclusão social, com tanta gente saindo da pobreza, tantas pessoas comendo e estudando mais e (pasmem !) até poluindo os aeroportos do país...
Mas as urnas acabaram fornecendo outros indícios. Um deles: o de que o povo brasileiro parece estar aprendendo a ler nas entrelinhas e não aceita as falsas generalizações que buscam fabricar uma verdade conveniente. Com toda a propaganda antigovernista que o “mensalão” permitiu – em fragrante agressão ao rigor que usualmente cerca o período eleitoral – amplificada por uma mídia comprometida que controla a comunicação no país, o resultado das eleições mostra que os programas das esquerdas, uma vez mais, obtiveram a aprovação popular. O partido com maior número de votos foi o da Presidenta Dilma e o do ex-Presidente Lula, os partidos que mais perderam foram, até aqui, as agremiações neoliberais de direita, sendo que o DEM, em breve, ao tudo indica – vai despedir-se do cenário político, sem pompas e circunstâncias...
Todo o processo eleitoral deixou, assim, claros indícios de manipulação por parte dos órgãos de comunicação (esses, que vivem às custas de concessões governamentais e gordíssimas verbas de propaganda oficial que, um dia, esperamos, venham a ser extintas ou destinadas aos interesses do povo). A pauta da mídia hegemônica, capitaneada por segmentos da elite e alicerçada em comprometidos analistas políticos, esmerou-se em estabelecer a ideia de que , nas eleições, se estaria julgando Lula e, por tabela, o governo Dilma. Agora, como os resultados não foram os esperados, levantam a tese de que eleições municipais não se vinculam ao cenário federal, constituindo apenas uma radiografia de situações regionais específicas. É engraçado verificar as contradições malandras nessa teses todas, porque é nítida a atual intenção de glorificar nacionalmente o tucano Aécio e o político pernambucano Eduardo Campos, até apelidado de “noiva da vez” por essa imprensa traiçoeira.
Há indícios, sim, que as eleições repercutem o cenário maior da política nacional. Isso é inegável, por exemplo, em São Paulo, onde teremos o embate entre um político novo no cenário – cujas causas são totalmente opostas às do vetusto Serra que, pelo que se pode perceber, corre o risco de um inglório fim. Nítida influência de Lula, dizem agora os mesmos que esperavam o ocaso do“partido do mensalão e seu chefe”. Haddad, para essa turma, agora é um “novo poste”guindado à política pelas artes do ex-Presidente. Mas há indícios de que esse poste pretende iluminar a mesma estrada onde já brilha um outro, que o lulismo também “inventou”, e que hoje tem mais de 70% de aprovação popular...
Voltando ao “mensalão”, e obedecendo ao “script” que o quis vincular ao processo eleitoral, há marcantes indícios de que tudo isso vai acabar constituindo um autêntico tiro no pé daqueles que hoje enchem as páginas dos jornais e os noticiários globais. Com repercussões eleitorais, sim, mas não para agora, e sim para daqui a dois anos... Afinal, o que se espera a partir de agora é que esse mesmo tribunal que tanto se esmerou em buscar argumentos para condenar por indícios, continue a sua “cruzada pela ética”. Espera-se, assim, que, por justiça, se utilizem da mesma jurisprudência para investigar e punir com igual rigor os outros mensaleiros – os do PSDB de Minas -, a turma do Arruda em Brasília, os marginais da cachoeira do Demóstenes e, por que não, eventuais piratas da privatização... Se isso não acontecer, teremos alarmantes indícios de incoerência da justiça maior em face da política menor dos interesses dos ricos e do mercado. E aí, das duas uma: ou ficará definitivamente desmascarada essa “aura”de retidão de que os vestais demotucanos pretendem cercar-se, ou ficarão claros os objetivos estratégicos do atual justiçamento, com suas perigosas teses de condenação por “fortes indícios” (confundidos com provas cabais), a propalada “teoria do domínio do fato” e a atribuição do “ônus da prova por conta do acusado”.
Não resisto a uma citação de versos que têm sido erroneamente atribuídos a Bertolt Brecht, mas cuja discussão sobre autoria e exata tradução é pouco importante diante da inquietação que provocam:
“Primeiro levaram os comunistas, / Mas eu não me importei / Porque não era nada comigo./
Em seguida levaram alguns operários, / Mas a mim não me afetou / Porque eu não sou operário. / Depois prenderam os sindicalistas, / Mas eu não me incomodei / Porque nunca fui sindicalista. / Logo a seguir chegou a vez / De alguns padres, mas como / Nunca fui religioso, também não liguei. / Agora levaram-me a mim / E quando percebi, / Já era tarde.
Se, contudo, houver alguém que não entenda o porquê da citação, posso trocar os versos por um delicioso ditado popular, em reverência ao saber do povo: “O pau que dá em Chico dá em Francisco”..,
Rodolpho Motta Lima
Direto da Redação

Vem ai o IBOPE!

SP-01864/2012
12/10/2012
17/10/2012
IBOPE INTELIGÊNCIA PESQUISA E CONSULTORIA LTDA.
Eleições Municipais 2012

SÃO PAULO/SP
GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/A - Rua Lopes Quintas, Nº 303 – Jardim Botânico – Rio de Janeiro - RJ 22.2460-010 - CNPJ/MF 27.865.757/ 0001-02
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58.394,00
Márcia Cavallari Nunes
6208-A
4375-94
12/10/12 17/10/12 1204

Pesquisa quantitativa, que consiste na realização de entrevistas pessoais, com a aplicação de questionário estruturado junto a uma amostra representativa do eleitorado em estudo.

Representativa do eleitorado da área em estudo, elaborada em dois estágios. No primeiro estágio faz-se um sorteio probabilístico dos setores censitários, onde as entrevistas serão realizadas, pelo método PPT (probabilidade Proporcional ao Tamanho), tomando o eleitorado como base para tal seleção. No segundo e último estágio, dentro dos setores sorteados, os respondentes são selecionados através de quotas amostrais proporcionais em função de variáveis significativas, a saber: SEXO: masculino 46%; feminino 54%; IDADE: 16-24 (masculino) 18% (feminino) 16%; 25-29 (masculino) 13% (feminino) 12%; 30-39 (masculino) 23% (feminino) 22%; 40-49 (masculino) 18% (feminino) 18%; 50 e+ (masculino) 27% (feminino) 32%; INSTRUÇÃO: Até Ensino Médio (masculino) 73% (feminino) 73%; Ensino Superior (masculino) 27% (feminino) 27%; NÍVEL ECONÔMICO: Economicamente ativo (masculino) 75% (feminino) 56%; Não Economicamente ativo (masculino) 25% (feminino) 44%. Está prevista eventual ponderação para correção das variáveis sexo e idade, com base nos percentuais anteriormente mencionados, caso ocorram diferenças superiores a 3 pontos percentuais entre o previsto na amostra e a coleta de dados realizada. Para as variáveis de grau de instrução e nível econômico do entrevistado, o fator previsto para ponderação é 1 (resultados obtidos em campo). O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada considerando um modelo de amostragem aleatório simples, é de 3 (três) pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. FONTE DOS DADOS: Censo 2010 | TSE 2012

Para a realização da pesquisa, utiliza-se uma equipe de entrevistadores e supervisores contratados pelo IBOPE INTELIGÊNCIA E CONSULTORIA LTDA. devidamente treinados para o trabalho. Após os trabalhos de campo, os questionários são submetidos a uma fiscalização de 20% (vinte por cento) dos questionários aplicados pelos entrevistadores; para verificação das respostas e da adequação dos entrevistadores aos parâmetros amostrais.

A área de abrangência da coleta é formada pelo município ora informado. A relação dos bairros selecionados para aplicação da amostra será apresentada após a divulgação do resultado da pesquisa, conforme expresso no artigo 1º, § 6º da Resolução 23.364/2011 do TSE.
JOB 12_1209-29_SP_Materiais de campo.pdf
Não há arquivo para detalhamento de bairros/municípios.

PIG abandona Cerra, que distribuiu "kit-gay" também!

Serra distribuiu material 

igual ao 'kit gay' em SP

MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
O candidato a prefeito de São Paulo José Serra (PSDB) distribuiu para as escolas paulistas, em 2009, quando era governador, um material semelhante ao que o MEC (Ministério da Educação), na gestão de Fernando Haddad (PT), começava a elaborar para combater a homofobia nas escolas.
O guia do governo de SP é assinado por Serra, pelo então vice-governador Alberto Goldman e pelo então secretário estadual de Educação, Paulo Renato Souza (Leia a notícia aqui)
Até um dos vídeos recomendados pelo kit tucano, "Boneca na Mochila", é igual ao que o ministério estudava divulgar.
Destinado aos professores, o guia aconselha que eles mostrem aos alunos desenhos ou figuras de "duas garotas de mãos dadas, dois garotos de mãos dadas, uma garota e um garoto se beijando no rosto, dois homens se abraçando depois que um deles faz um gol e duas garotas se beijando".
Logo depois, os professores deveriam perguntar aos alunos sobre as "sensações" que as imagens despertavam. E discutir com eles diversidade e homofobia.
"Explique que, em nossa sociedade, tudo o que foge a certo padrão de masculinidade e feminilidade é, muitas vezes, visto com estranhamento. E desse estranhamento surgem os preconceitos e, consequentemente, a discriminação."
As orientações estão no capítulo "Medo de que?", entre as páginas 45 e 53. (Leia a íntegra do kit tucano)
Serra hoje ataca o material do MEC, que chama de "kit gay". Depois de se reunir com o tucano, na semana passada, o pastor Silas Malafaia, do Rio de Janeiro, disse que iria "arrebentar" Haddad divulgando o kit.
O material do MEC não chegou a ser distribuído por causa da reação da bancada de deputados evangélicos.
A Secretaria de Educação de SP, que ontem negou ter distribuído qualquer material sobre o assunto, diz agora que ele foi enviado apenas a professores, ao contrário do que ocorreria com kit do MEC.
O ministério, por sua vez, informa que os kits, caso fossem aprovados, iriam para 6.000 professores, e não para os estudantes.
Íntegra da nota da secretaria
"A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo esclarece que o material "Preconceito e discriminação no contexto escolar" é distribuído apenas para a equipe docente das escolas, diferentemente do kit sobre homofobia, que foi produzido pelo Ministério da Educação para ser apresentado diretamente aos alunos.
Além de seu público-alvo não ser os estudantes, seu conteúdo se baseia em propostas de abordagens mais sutis de situações a serem discutidas. O uso desse material pelos professores não é obrigatório. Trata-se de um suporte para lidar com assuntos sensíveis, podendo o educador, a seu critério e da equipe pedagógica, aproveitar esse material na medida do seu planejamento, com acompanhamento da coordenação escolar.
Assessoria de Imprensa
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo"

PIG abandona Cerra! Kit evangélhico!

Editoriais
editoriais@uol.com.br
Kit evangélico
A imagem do candidato tucano José Serra já foi mais associada a valores liberais, cultivados por grupos tanto à esquerda quanto à direita do espectro partidário.
Tais valores informam que preferências sexuais e religiosas são assunto da órbita privada; ao homem público caberia manter equidistância de lobbies que, na defesa legítima de seus interesses, acabam por conferir relevo exagerado a temas da esfera íntima.
Na corrida presidencial de 2010, ao explorar contradição da petista Dilma Rousseff -que se dizia favorável à descriminalização do aborto, mas recuou na campanha de maneira oportunista-, Serra já havia selado uma aliança com o conservadorismo evangélico. Sua atual peregrinação por templos e a aceitação graciosa de apoiadores que flertam com a intolerância indicam um caminho sem volta.
Tal rota pode render-lhe resultado nas urnas, sem dúvida. Pesquisas, como a realizada pelo Datafolha em setembro, indicam que convicções conservadoras são partilhadas por amplos setores da sociedade paulistana. Mas não há como comer do bolo conservador e, ao mesmo tempo, passar-se por liderança moderna, arejada.
Daí um certo cansaço, misturado a frustração, que se nota nos círculos mais liberais. Tanto mais quando um pastor, Silas Malafaia, defende com o espírito de cruzados medievais a candidatura de Serra. "Vou arrebentar em cima do Haddad", jactou-se o líder religioso.
O pretexto é o famigerado "kit gay", tentativa desastrada do então ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), de produzir um material -de formulação discutível- contra intolerância sexual nas escolas. Como já se tornou hábito no petismo, após o estrago e a grita dos religiosos, recuou-se completamente, e o próprio Haddad tentou desvencilhar-se da proposta.
O "kit gay", por qualquer ângulo que se olhe, é assunto de somenos na política pública federal. Que dirá na municipal, em que os destinos da ocupação do solo, do transporte, da assistência à saúde e do ensino assumem peso avassalador na lista de prioridades.
Ocupação do solo, aliás, integra o "kit evangélico" real, a agenda de interesses que religiosos apresentam aos candidatos. Desejam tratamento diferenciado para os templos -a fim de que possam ultrapassar os níveis de ruído exigidos de outros estabelecimentos e fixar-se onde e como queiram, a despeito das normas urbanísticas.
É preocupante a atitude amistosa de Serra com esses lobbies, bem como a disposição de Haddad de também acomodar-se a eles.

Malafaia, o arrebentador.

"Silas Malafaia não é líder de nenhum partido, não é representante de nenhuma instituição republicana, não é um sujeito particularmente informado da vida paulistana"
Eleição, na teoria, era para ser uma disputa entre ideias diferentes, representadas por partidos e candidatos diferentes, apresentadas aos eleitores para que eles escolham o que acha melhor para sua cidade, estado, país, edifício, clube de futebol, ou presidente da associação de boliche do bairro. 
Numa eleição em dois turnos, existe a vantagem extra de a gente poder olhar para várias escolhas, tipo gôndola em hipermercado, testar, cheirar, sacudir, colocar e tirar do carrinho, antes de eliminar a todos menos dois. Esses, agora finalistas, recebem tempo extra na tevê e toda a atenção do mundo para que deixem claro a que vieram, o que propõem, que planos mirabolantes podem ter para salvar a cidade do abismo, enfim, governar. 
 
E para governar essa muita coisa chamada São Paulo, temos os candidatos José Serra em um canto do ringue, e Fernando Haddad do outro. Fortes candidatos, com fortes biografias, fortes apoios, e nada que diga que um ou outro, qual Russomanno, vieram de Marte diretamente para assustar as criancinhas no horário eleitoral. Serra e Haddad são pra valer.
 
E o que deveríamos esperar, portanto, seria o confronto entre um e outro, a comparação entre duas biografias – a de um veterano prefeito, ministro e governador versus a de um jovem e promissor ministro -, a comparação dos respectivos projetos, das respectivas visões, deles e dos seus partidos e aliados; a comparação do que a cidade ganha e perde com um e outro, para então cada eleitor ir até lá e pimba, cravar o seu voto. 
 
No entanto, quem surge querendo ser arma secreta nesse processo, vindo diretamente de algum lugar escuro e assustador onde ele vive e exercita a sua, digamos, profissão, é o nosso estimado Silas Malafaia. 
Silas Malafaia não é líder de nenhum partido, não é representante de nenhuma instituição republicana, não é um sujeito particularmente informado da vida paulistana, mas, por algum motivo que me escapa, se sente em condição de vir até aqui para definir a eleição para prefeito da maior cidade do Brasil. Mais: bom cristão, Malafaia cristãmente anuncia que vai arrebentar Haddad. Arrebentar, caros leitores eleitores.
 
Arrebentar, lá em casa, é algo que vilões fazem. Vilões arrebentam porque eles são isso mesmo, vilões. 
Silas Malafaia, ao menos quando o vejo nos programas de tevê, me parece simplesmente um dos sujeitos mais desinteligentes da televisão brasileira, e olhem que estamos falando da televisão brasileira. Aberta.
 
Ainda assim, ele se considera no direito e em condições de vir até São Paulo arrebentar um dos nossos candidatos a prefeito. E eu pergunto aqui aos meus estimados leitores eleitores: quem deixou? Quem mandou? Quem pediu? 
 
Eu vivo em São Paulo e nunca me senti precisando de sugestões de qualquer pastor especializado em gritarias para escolher o meu prefeito. São Paulo não me parece uma cidade que dê muita bola para o que um Silas Malafaia tenha a dizer. Tudo que eu o vi fazer até hoje foi babar, soprar, gritar, e casa alguma cair. Estou enganado?
 
Então, como esse sujeito se acha no direito de vir até aqui arrebentar um dos nossos candidatos a prefeito? Eu não acredito que ele tenha o direito de arrebentar qualquer um dos nossos candidatos, e acredito que a única coisa que ele pode arrebentar é uma artéria, berrando daquele jeito, com aqueles olhos de quem viu a bomba.
 
Malafaia quer arrebentar Haddad porque no Ministério da Educação foi desenvolvido um material de combate ao bullying contra meninos e meninas gays nas escolas públicas. Malafaia quer arrebentar um ministro que combateu a discriminação e a intolerância nas escolas. Malafaia quer dizer à cidade mais tolerante e diversa do Brasil que um ministro que combate a intolerância não pode ser prefeito, justamente de São Paulo.
 
Pois vou fazer uma previsão aqui, diante dos meus milhares de estimados leitores: vamos ver um burro dando com os burros n´agua. Essa cidade recebe a todos, lida com o todo, aceita a todos, especialmente os que venham pra cá dispostos a gostar dela e nela trabalhar e viver, tornando-se assim, tão simplesmente, mais um paulistano, orgulhoso da sua cidade e da maior riqueza que ela possui, e que é a sua gente, mesmo que nem sempre admita isso em público.
 
Malafaia diz que vai arrebentar um dos candidatos a prefeito da minha cidade. Pois eu acho que ele vai dar de nariz já em um vidro do aeroporto em Congonhas e a experiência pode ser dolorosa. 
Minha sugestão ao Grande Arrebentador é que não venha, não tente fazer isso na minha, na nossa cidade. A vítima, estimado Malafaia, pode ser você. E vai ser você. 
Fica a dica.

"quem for inteligente não fará uso político do mensalão"

Gilberto Carvalho diz que quem for inteligente 

não fará uso político do mensalão


Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse hoje (11) que não se deu bem quem fez uso político do julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, para prejudicar o resultados do PT nas eleições municipais. Segundo ele, para o segundo turno, quem for inteligente não vai tentar fazer isso.
A única coisa que eu posso dizer é que aqueles que tem apostado no uso político de fatos como esses nunca se deram bem. Quem na eleição passada tentou usar temas morais para fazer campanha não se deu bem. O primeiro turno registrou a vitória das forças progressistas do país e eu acho que isso tem que ser comemorado. Quem for inteligente não vai tentar fazer isso. Se o fizer, a população tem muita sabedoria para entender que o que vale é a prática de um projeto que está mudando o Brasil, está diminuindo a pobreza, disse o ministro.
Carvalho ainda lamentou a saída de José Genoino do Ministério da Defesa onde ocupava o cargo de assessor especial. Genoino anunciou ontem (10) a desistência do posto. Esta semana o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos pela condenação dele por corrupção ativa no processo do mensalão.
É acima de tudo para nós a perda de um colaborador, disse Carvalho. O Genoino foi fundamental e importantíssimo no dialogo com as Forças Armadas. Então, efetivamente, nós não podemos deixar de registrar que é uma perda bastante grande, completou.
Edição: Talita Cavalcante

Eles querem eleição sem voto!



O discurso de Ayres Brito, contra os politicos
(leia aqui) representa o sonho das elites brancas de olhos verdes desse pais. Da massa "cheirosa".
Uma eleição sem voto e sem povo. Como era na "ditabranda" da Folha.   
A transmissão dos julgamentos pela TV fez com que as vaidades subissem a cabeça. 
Deu-se nessa eleição mais importância a 10 juizes do que a milhões de pessoas que votam e pagam os salários deles. 
É preciso sim denunciar o tempo todo. 
Mesmo que seja na Goebbels, eles que  expliquem porque o mensalão do PSDB não foi julgado antes.
Só espero, sinceramente que DILMA tome uma atitude firme em relação as pendências politicas do ano que vem.
- A reforma politica
- O marco regulatório dos meios de comunicação
- O controle externo do judiciário.
A reação tem que ser a altura.
A oposição não tem, hoje, nenhum representante de peso.
Vão tentar manter o STF no noticiário e eles vão ficar dando os motes de campanha.
A vitória de Haddad em São Paulo é emblemática e será o ponto de partida. 
Dilma tem que entrar forte com as ações do Governo Federal, para conquistar de vez o paulista e arrasar de uma vez com os tucanos.
Mãos a obra!

Haddad vence 2º turno, com folga!



Isso é “eleição equilibrada”?
Mas eles precisam manter os financiamentos. Sim, porque o primeiro item que acusa o resultado das pesquisas, é o do financiamento das campanhas. Geralmente as grandes empresas “dão para todos”. Mas se a pesquisa mostrar grande diferença, como o 2º turno de São Paulo mostra, as preferências aparecem. Por isso a grande mídia não deu destaque e nós temos que espalhar pela blogosfera esse acachapante resultado contra Cerra.

Nova pesquisa DATAFOLHA vem ai!

SP-01860/2012
11/10/2012
16/10/2012
DATAFOLHA INSTITUTO DE PESQUISAS LTDA.
Eleições Municipais 2012

SÃO PAULO/SP
Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A.
Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A.
Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A.
68.400,00
Renata Nunes César
72.49A
3884/92
17/10/12 18/10/12 2100

Pesquisa do tipo quantitativo, por amostragem, com aplicação de questionário estruturado e abordagem pessoal em pontos de fluxo populacional. O conjunto do eleitorado do município de São Paulo com 16 anos ou mais foi tomado como universo da pesquisa.

Universo: Eleitorado do município de São Paulo, com 16 anos ou mais. Tamanho da amostra: A amostra prevista é de 2100 entrevistas. Técnica de amostragem: A amostra é estratificada segundo combinação das variáveis sexo e faixa etária do eleitorado. Os estratos terão tamanho proporcional a esses segmentos, de acordo com dados do TSE (eleitorado julho 2012). Os tamanhos desses segmentos são: Sexo masculino: 46%, feminino 54%, 16 a 17 anos: 1%, 18 a 24 anos: 14%, 25 a 34 anos: 23%, 35 a 44 anos: 20%, 45 a 59 anos: 25% e 60 anos ou mais: 17%. Ponderação dos resultados: Está prevista eventual ponderação para correção nos tamanhos dos estratos, considerando as variáveis sexo e faixa etária, de acordo com os percentuais detalhados anteriormente. Para as variáveis grau de instrução e nível econômico do entrevistado (renda familiar mensal), o fator previsto para ponderação é 1 (resultados obtidos em campo). Área física: Município de São Paulo, em 150 pontos de abordagem sorteados aleatoriamente. A relação completa dos bairros pesquisados será encaminhada a esse tribunal posteriormente, após a publicação dos resultados. Margem de Erro: A margem de erro máxima prevista para o total da amostra é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Os intervalos de confiança serão calculados considerando os resultados obtidos para um nível de confiança de 95%.

Os pesquisadores envolvidos na realização desta pesquisa são treinados pelo Instituto e recebem instruções específicas para cada projeto realizado. São checados, no mínimo, 30% dos questionários de cada pesquisador, seja in loco por supervisores de campo ou, posteriormente, por telefone. Internamente, todo o material é verificado, codificado, digitado e, antes do processamento final, realiza-se a conferência da digitação (consistência dos dados).

Questionário SP PO813648.pdf
Não há arquivo para detalhamento de bairros/municípios.

Serra: um pacto do além com o aquém. Um Termidor de Malafaias ameaça SP



Os primeiros passos de Serra na largada do 2º turno em São Paulo ilustram o ponto a que está disposto chegar para reverter o prenúncio da derrota que nem o Datafolha dissimula mais.
O tucano reuniu-se nesta 3ª feira com um interlocutor cirurgicamente escolhido para reforçar a musculatura do vale tudo na disputa: o bispo radialista, Silas Malafaia, que veio diretamente do Rio de Janeiro apresentar armas à campanha. Acompanhado do pastor Jabes Alencar, do Conselho de Pastores de São Paulo, teve um encontro fechado com Serra.

O pacto do além com o aquém foi festejado em manchete do caderno de política da 'Folha de SP'. Assim: "Líder evangélico diz que vai 'arrebentar' candidato petista -- Silas Malafaia afirma que Haddad apoia ativistas gay".
O título em 3 linhas de 3 colunas, ladeado de um foto imensa de Serra (meia pág. em 3 colunas), empunhando uma criança adestrada em fazer o '45', inspira calafrios.
Deliberadamente ou não, o conjunto ilustra um conceito de harmonia que envolve arrebentar a tolerância, de um lado, para preservar a pureza, de outro. Concepções assemelhadas levaram o mundo a um holocausto eugênico de consequências conhecidas.
A hostilidade beligerante de Serra em relação a adversários --inclusive os do próprio partido-- incorporou definitivamente uma extensão regressiva representada pela restauração do filtro religioso na política. Como recurso de caça ao voto popular, que escapa maciçamente ao programa do PSDB --liquefeito na desordem neoliberal--, é mais uma modernidade que devemos ao iluminismo dos intelectuais de Higienópolis.
O bispo Silas Malafaia foi importado do Rio de Janeiro exatamente com essa finalidade. Veio dizer aos fiéis de São Paulo em quem votar e a quem amaldiçoar. Os critérios escapam aos valores laicos da independência democrática em relação às convicções religiosas. Mas isso não importa à ética de vernissage de certa inteligência paulista. Faz tempo que em certos círculos incorporarou-se a licença do vale-tudo para vencer o PT, a quem se acusa de sepultar os princípios éticos de esquerda...
Serra aperfeiçoa, não inova na promoção do eclipse das consciências e dos valores laicos que sustentam a convivência compartilhada.

Na campanha presidencial de 2010, a água benta da sua candidatura foi o carimbo de 'aborteira' espetado contra Dilma Rousseff. A esposa do tucano, culta bailarina Mônica Serra, pregava nas ruas da Baixada Fluminense, como uma mascate da intolerância: 'Ela (Dilma) é a favor de matar as criancinhas'.

Não era uma voz no deserto. Recorde-se que Dom Bergonzini, um bispo de extrema direita, da zona sul de São Paulo, já falecido, encomendou então 20 milhões de panfletos com o mesmo calibre.
Os impressos falseavam a chancela da Igreja católica para atacar, caluniar e desencorajar o voto na candidata da esquerda nas eleições presidenciais.

Um lote do material foi descoberto na gráfica da irmã do coordenador de campanha de Serra.
A imprensa sem escrúpulos teve então, curiosamente, todo o escrúpulo, omitindo-se de perguntar: --De onde veio o dinheiro, Dom Bergonzini?

Tampouco se cogitou indagar se o bispo e os donos da gráfica tinham contato com outro personagem sombrio da campanha tucana, Paulo Preto --que o candidato da hipocrisia conservadora chamava de 'Paulo afro-descendente'.

Apontado como o caixa 2 da campanha, Paulo, fixemos assim, teria desviado R$ 4 milhões em doações para proveito próprio. Mas compartilhava segredos protegidos por recados ameaçadores: --'Não se abandona um líder no meio do caminho'. A senha era enfática o suficiente para obrigar Serra a interromper a campanha e convocar os jornais, declarando-o um cidadão acima de qualquer suspeita.
A transformação do eleitor em rebanho, a manipulação do discernimento político pela mídia e o retorno das togas a uma simbiose desfrutável pelo estamento conservador, configuram hoje os requisito de uma sociedade capaz de dar a vitória a Serra neste 2º turno.
Não se trata de uma denúncia. São os ingredientes mobilizados pelo candidato tucano que arredonda assim a biografia com um toque de Tea Party tropical. O pacto da intolerância selado com o eloquente bispo Malafaia ilustra a travessia edificante de um quadro originalmente tido como um zangão 'desenvolvimentista' da colméia neoliberal.

A intelectualidade iluminista que ainda apoia José Serra tem condições de enxergar essa marcha batida que empurra São Paulo para um Termidor de malafaias.

A intelectualidade iluminista tem, sobretudo, a co- responsabilidade nos desdobramentos dessa distopia obscurantista que a candidatura tucana enseja, agrega, patrocina e encoraja. A tentativa algo desesperada de evitar a derrota desenhada em São Paulo tem um preço --os intelectuais honestos que orbitam em torno do PSDB vão rachar essa conta? A ver.
Postado por Saul Leblon às 06:51