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O que fez a OAS “mudar a delação”? Por Fernando Brito

Léo Pinheiro
Do Tijolaço.
POR FERNANDO BRITO

A defesa de Lula publica hoje uma incrível cronologia da transição fabulosa de versões apresentadas por Léo Pinheiro.
Se você ainda tem dúvidas de que aquele senhor topa qualquer negócio para não findar sua existência em cana, leia:

Novembro de 2014 – prisão
A primeira prisão de Léo Pinheiro data de novembro de 2014. Cinco meses (!) depois, em abril de 2015, o STF decidiu que ele fosse colocado em prisão domiciliar. 

Junho de 2016 – delação recusada: faltou Lula Condenado a 16 anos de prisão, o empresário aceitou fazer  delação premiada. A sua delação foi recusada em junho porque, segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo, não incriminava Lula. 

Agosto de 2016 – procuradoria encerra negociações No final de agosto, a Procuradoria-Geral suspendeu as negociações com Léo Pinheiro e a OAS. Os advogados de Lula pedem que sejam apuradas as informações de que a delação foi recusada por inocentar o ex-presidente.

Setembro de 2016 – segunda prisão e intensificação das pressões Duas semanas depois de recusada a primeira delação de Léo Pinheiro, o empresário foi preso novamente

Segundo o despacho do juiz de primeira instância Sergio Moro, para “garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e segurança da aplicação da lei penal”.
Outubro de 2016, um blog que atua como assessoria de imprensa clandestina dos promotores da Lava Jato publica uma nota revelando qual era o verdadeiro objetivo da prisão de Léo Pinheiro: obter qualquer afirmação que corroborasse a insustentável tese de que Lula seria dono de um apartamento no Guarujá.

Novembro de 2016 – sem Lula, pena é aumentada em 10 anos- A pressão se intensifica sobre o empresário em novembro, quando sua pena é aumentada em 10 anos. A matéria do Estadão que noticia o caso faz referência à dificuldade em se conseguir uma delação de Léo Pinheiro.

Abril de 2017 – o condenado Léo Pinheiro se dobra e mente Finalmente, em abril de 2017, Léo Pinheiro se dobra, troca de advogados e faz o depoimento que os procuradores queriam incriminando Lula. O empresário diz ter sido o único responsável dentro da OAS pela questão do triplex e deixa claro que não tem provas do suposto acerto. 

Em qualquer país democrático, esta “conversão” de um acusado seria motivo de um inquérito e possivelmente, de anulação de sua nova versão.
Mas, no estranho país que se tornou o Brasil, isso é o “triunfo da verdade”.

Bem, reconheça-se que os algozes do regime militar eram mais simples e direto: “pendura este aí até ele falar”.

Os mais velhos, feito eu, certamente lembrarão do caso do ex-deputado Marco Antônio Tavares Coelho que passou  torturas terríveis e cruéis nos Doi-Codi do Rio de Janeiro e de São Paulo e cujo depoimento “incriminava” políticos por terem recebido apoio do PCB. 

E, claro, tendo de afirmar que isso era uma “confissão espontânea”.

Formou-se, em Curitiba, uma “máquina de produzir verdades infalíveis.

A insanidade de Léo Pinheiro – Lula manda destruir provas e só conservar a mais robusta de todas, o triplex do Guarujá

Por Bajonas Teixeira

A acusação de Léo Pinheiro é tão imbecil, tão incrivelmente idiota que, em resumo, diz que Lula mandou destruir as provas, mas deu também ordens para não vender o triplex. Isso equivaleria a um chefe de quadrilha que ordenasse ao seu bando: “escondam o dinheiro do assalto mas deixem os corpos dos guardas assassinados bem visíveis na minha sala de estar”. 

Em nenhum planeta desse vasto universo, isso seria crível: deixar-se de eliminar a prova, a única prova, que é uma prova tripla, justamente o triplex do Guarujá. Que outra prova poderia haver? Nenhuma. Mas justamente essa robusta, tripla, materialíssima prova, não teria sido eliminada, isto é, vendida a outro pela OAS.

Como o grande cérebro do maior esquema criminoso da história do Brasil, o comandante em chefe, o intelecto do mal, o mago que faz as provas desaparecerem num passe de mágica, teria ordenado tal sandice? Seria ele um triplexmaníaco?

Sim. Talvez uma criança de cinco anos, ou um adolescente formado pela escola sem partido, pudessem ser ludibriados pela farsa montada pelo ex-presidente da OAS. 

Mas um adulto com um mínimo de capacidade de reflexão, jamais se deixaria convencer pela construção primária dos fatos e pelas inconsistências dessas denúncias.

Vejamos como tanta imbecilidade pôde ser construída.
É preciso voltar a história recente de Léo Pinheiro para explicar sua afronta ao mais simples bom senso. Na verdade, elas são a tentativa desesperada de um sujeito que, tendo se calado em seu depoimento a Moro no dia 24 de agosto de 2016, foi, como um incentivo ao canto livre, preso novamente no dia 05 de setembro, justamente por ordem de Sérgio Moro.

Ou seja, após se calar no depoimento de agosto, por não ter dito o que Moro queria ouvir, Leo Pinheiro recebeu como punição a volta à prisão apenas 12 dias depois. Pode haver melhor método para ensinar um passarinho a cantar? E mais, um passarinho já bem amaciado que já havia sido preso em 2014 pela Lava Jato e condenado a 16 anos?

Contudo, até aí Léo Pinheiro se manteve firme. Não inventou nada. Veio então sua tentativa de delação premiada que, contudo, segundo o UOL, não foi adiante por faltar elementos que incriminassem Lula:

“Segundo Pinheiro, as obras que a OAS fez no apartamento tríplex do Guarujá (SP) e no sítio de Atibaia (SP) foram uma forma de a empresa agradar a Lula, e não contrapartidas a algum benefício que o grupo tenha recebido. A versão é considerada pouco crível por procuradores. Na visão dos investigadores, Pinheiro busca preservar Lula com a sua narrativa.”

Ou seja, mesmo condenado a 16 anos, Léo Pinheiro se recusou a mentir. Isso aconteceu em junho de 2016. Mas o que veio depois? Logo depois, em segunda instância, a pena do empresário foi aumentada para 23 anos.

Por que a versão foi considerada “pouco crível pelos procuradores”? Por que para eles todo o edifício da Lava Jato, conforme aquele risível PowerPoint de Dallagnol, repousa na colocação de Lula como o comandante em chefe de toda a corrupção. E qual a narrativa?

A Lava Jato diz ter convicção de que, em paga de três contratos com a Petrobras, em que se incluem obras das refinarias REPAR e RNEST, a OAS teria pago a Lula vantagem indevida, ou seja, o mísero triplex do Guarujá.

Ordem para destruir provas
Primeiro, como não existe prova alguma que incrimine Lula, ao invés disso ser o suficiente para inocentá-lo, Lula foi acusado de destruir provas, ou seja, de ser um criminoso duplo (que comete o crime e destrói as provas do crime cometido): deu ordens para destruir as provas. Para tentar tornar verossímil isso, Léo Pinheiro diz que seguia instruções, que era orientado. Então, foi orientado a destruir provas. De toda essa baboseira, não mostra sequer uma única… prova. Ou seja, o argumento é: não tenho provas porque Lula mandou destruir as provas.

E no entanto, Lula mandou não vender o triplex… 

“A orientação que foi me passada naquela época foi de que: ‘toque o assunto do mesmo jeito que você vinha conduzindo. O apartamento não pode ser comercializado, continua em nome da OAS, e, depois, a gente vai fazer para fazer a transferência ou o que for’. De acordo com Pinheiro, assim foi feito.”

Mas que imbecil pediria para não vender a prova do crime, e guarda-la para que, mais à frente, pudesse fazer a transferência?? Isso está além da imaginação e do mínimo de verossimilhança. O país inteiro, e a Lava Jato em particular, a mídia de olho, e a ordem que vem é essa: mantenha para mais tarde transferir. 

É óbvio que isso contradiz inteiramente a versão da destruição de provas. A maior, mais robusta, clara, cristalina, e irrefutável prova, deveria ser mantida.

É um discurso, como já assinalamos, calibrado para egressos da escola sem partido. Como parte do país pode crer nisso? Pela repetição incessante da mídia, pela falta de um discurso contrário, pela entrada do Brasil em uma espiral totalitária. Também na Rússia stalinista, em 1937 e 1938, julgamentos espetáculo foram montados e seus réus culpados e fuzilados. Todos os melhores homens que comandaram a revolução de 1917 foram eliminados. Hoje, num linchamento ainda maior, todas as armas se voltam para um único alvo: Lula.


CUT/VOX: Lula vence no primeiro e segundo turnos em todos os cenários pesquisados para 2018


Para desespero do Juizeco de Curitiba
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Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Lula seria eleito em primeiro turno em todos os cenários pesquisados, mostra pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 6 e 10 de abril. 

Estão explicados os cerca de 50 minutos de pauladas no ex-presidente no Jornal Nacional e congêneres. Lula se fortalece toda vez que é linchado pela mídia enquanto outros acusados tucanos são acobertados apesar de também terem sido denunciados pelos delatores da Odebrecht.
Por: Marize Muniz • Publicado em: 18/04/2017 – 10:51
Aumenta rejeição a Temer e ao desmonte da aposentadoria e da CLT

Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Lula seria eleito em primeiro turno em todos os cenários pesquisados, mostra pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 6 e 10 de abril.

Lula tem de 44% a 45% dos votos válidos contra 32% a 35% da soma dos adversários nos três cenários da pesquisa estimulada. São os votos válidos, excluídos os nulos, em branco e abstenções, que valem para definir o resultado das eleições.

Na comparação com Aécio (13% em dezembro e 9% em abril), Lula subiu de 37% em dezembro para 44% em abril. Jair Bolsonaro (PSC-RJ) subiu de 7% para 11% das intenções de voto. Marina se manteve com 10% e Ciro Gomes (PDT-CE) os mesmos 4%. A soma dos adversários é de 34% dos votos válidos, os únicos contabilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Na comparação com Alckmin (10% em dezembro e 6% em abril), Lula sobe para 45% contra 38% em dezembro. Bolsonaro subiu de 7% para 12%. Marina caiu de 12% para 11% e Ciro de 5% para 4%. A soma dos adversários é de 33% das intenções de votos.

Na comparação com Doria, Lula tem 45% das intenções de voto; Marina e Bolsonaro empatam com 11%; Ciro e Doria empatam com 5%; ninguém/ bancos/nulos têm 16%; não sabem/não responderam têm 7%. A soma dos adversários é de 32%.
Lula também vence no segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula também vence todos os candidatos. Se as eleições fossem hoje, Lula venceria Aécio Neves (PSDB-MG) por 50% a 17% das intenções de voto; Geraldo Alckmin (PSDB-SP) por 51% a 17%; Marina Silva (Rede-AC) por 49% a 19%; e João Doria (PSDB-SP) por 53% a 16%.

Lula é o mais citado espontaneamente
No voto espontâneo, quando os entrevistados não recebem as cartelas com os nomes dos candidatos, Lula também vence todos os possíveis candidatos. Lula tem 36% das intenções de voto – em dezembro eram 31%; Doria surgiu com 6% das intenções. Aécio, Marina e Alckmin registraram queda de intenção de votos em relação à pesquisa realizada em dezembro do ano passado. Aécio caiu de 5% para 3%; Marina, de 4% para 2%; FHC, de 3% para 1%; e, Alckmin, de 2% para 1% – 8% disseram que votariam em outros; ninguém/branco/nulo totalizou 14% e não sabe/não responderam 29%.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, “quanto mais os brasileiros conhecem o presidente ilegítimo e golpista Michel Temer, mais avaliam seu desempenho como ruim e péssimo (65%) e mais sentem saudade do ex-presidente Lula”.

Vagner avalia que as medidas de arrocho, como o desmonte da Previdência (reprovado por 93% dos brasileiros) e a terceirização (reprovada por 80%), também contribuem para o crescimento das intenções de voto em Lula.

Para ele, Temer é um presidente sem projeto para o país, que não pensa na geração de emprego e renda; só pensa em ajuste fiscal nas costas dos trabalhadores e essa é das maiores razões para a avaliação negativa do ilegítimo.

Quanto mais o povo conhece Temer, melhor avaliado é Lula

Algumas perguntas feitas pela pesquisa CUT-VOX confirmam a tese do presidente da CUT. À pergunta quem é o melhor presidente que o Brasil já teve 50% responderam que é Lula (em dezembro eram 43%). O segundo colocado é FHC, que registrou queda na preferência do povo: 11% em abril contra 13% em dezembro/2016.

Apesar do massacre da mídia e da perseguição do Judiciário nos últimos anos, a maioria dos brasileiros diz que ele é trabalhador (66%), um líder e um bom político (64%), bom administrador/competente (58%), é capaz de enfrentar uma crise (58%), entende e se preocupa com os problemas das pessoas (57%), é sincero/tem credibilidade (45%) e é honesto (32%).

Aumentou para 57% o percentual de brasileiros que acham que Lula tem mais qualidades que defeitos (35%). Em dezembro do ano passado, 52% achavam que ele tinha mais qualidade e 39% mais defeitos.

Também aumentou para 66% (em dezembro eram 58%), o percentual dos entrevistados que acham que Lula cometeu erros, mas fez muito mais coisas boas pelo povo e pelo Brasil. Já os que acham que ele errou muito mais do que acertou caiu de 34% em dezembro para 28% em abril.

Já em relação aos que admiram Lula, apesar da perseguição cruel da Lava Jato, aumentou de 33% para 35% o percentual dos que admiram Lula.  Em dezembro de 2016, 33% dos entrevistados admiravam/gostavam muito de Lula; em abril o percentual aumentou para 35%. Já o percentual  dos que não admiram/nem gostam caiu de 37% no ano passado para 33% este ano.

O mais admirado e também o presidente que melhorou a vida do povo. Para 58% dos brasileiros, a vida melhorou nos 12 anos de governos do PT, com Lula e Dilma. Apenas 13% disseram que piorou e 28% responderam que nem melhorou/nem piorou.

A pesquisa CUT-VOX POPULI entrevistou 2000 pessoas, em 118 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Foram ouvidas pessoas com mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, Regiões Metropolitanas e no interior.
Fonte: CUT

O discurso de candidato de Lula incendiou a Paulista.

Em seu elemento (foto Pedro Zambarda)
Em seu elemento (foto Pedro Zambarda)

Lula subiu no palanque na avenida Paulista durante o ato contra as reformas de Temer por volta das 19h, abraçando militantes e amigos, e foi chamado ao microfone como aquele “que sempre defendeu os trabalhadores”.

A multidão, calculada em 200 mil pessoas, veio abaixo. Com folhas de papel nas mãos, o ex-presidente não saiu da pauta, mas fez pronunciamento de candidato.

Ele começou o discurso cumprimentando os professores e secundaristas, acompanhado do som de fogos de artifício estourando ao fundo. 

Disparou contra Michel Temer: “Está ficando cada vez mais claro que o golpe não foi contra a Dilma e não foi apenas contra os partidos de esquerda. Foi um golpe contra as conquistas da classe trabalhadora através das reformas trabalhista e da Previdência Social”.

Chamou Temer de ilegítimo e de sem votos: “Embora o governo não tenha nenhuma representatividade, ele conseguiu montar dentro do Congresso Nacional uma força política que quase nenhum presidente eleito conseguiu. Eles querem enfiar uma reforma que vai proibir milhões e milhões de brasileiros consigam se aposentar”.

Ele também falou que as reformas vão afetar os trabalhadores do Nordeste, que conquistaram direitos ao longo dos anos de seu governo. Lula também disse que o problema hoje “não é o dinheiro”. 

“Gostaria muito que o Meirelles estivesse me ouvindo agora. Queria que o Temer tivesse me ouvido. Só assim eles iriam perceber que a política de geração de empregos e renda criaram um crescimento inédito entre 2004 e 2014”.

Lula discorreu sobre o aumento de 54% em sua gestão da previdência com a queda continuada do desemprego e da informalidade.

O ex-presidente admite que as aposentadorias públicas têm problemas, mas acredita que a economia deveria gerar oportunidades de trabalho antes de promover tais cortes.

Foram apenas 10 minutos. Ao final, disse que o Brasil era admirado nos Estados Unidos, na Europa e na Argentina. Hoje, Temer tem medo de ir a Bolívia.

“A única forma de mudar esta situação é com povo na rua, utilizando seus instrumentos de luta. É só desta forma que teremos um presidente legítimo”, declarou.

O discurso de Lula foi seguido pelo do vereador Eduardo Suplicy. 

A manifestação contra as reformas tomou a Paulista durante a noite começando às 16h, depois da saída da Força Sindical de Paulinho e da UGT, que não queriam se misturar com petistas.

Foram 19 capitais na greve geral.
lula na paulista2

Jornalismo canalha dos marinho volta a atacar LULA!

O jornal Valor Econômico de hoje traz texto com um suposto vazamento de uma suposta delação de um executivo da Odebrecht. 

Como a delação está sob sigilo, esse vazamento seletivo é ilegal. 

O texto do jornal alega que o tal executivo ouviu dizer que houve uma suposta compra de um terreno para a sede do Instituto Lula. 

Como já dissemos em outras ocasiões, esse suposto terreno nunca foi do Instituto, que está sediado na mesma casa desde 1991.

Uma parte da imprensa tem de recorrer a vazamentos ilegais para continuar sua tarefa de gerar manchetes contra Lula. 

Mesmo que, para isso, tenham de recorrer ao "ouvi dizer" e a documentos sem comprovação.

Outro problema são os erros factuais a respeito da agenda de audiências do processo. 

O texto diz que Sérgio Moro irá ouvir testemunhas desse processo essa semana, o que não procede de forma alguma. 

O processo em questão ainda não está na fase de audiências com o juiz. 

Trata-se de mais um erro primário e grosseiro do jornal.

As acusações trazidas por delações vazadas com estardalhaço para parte da imprensa brasileira não têm se confirmado nos depoimentos desses mesmos delatores. 

Todos os ouvidos até agora afirmaram, frente ao juiz, não ter conhecimento de qualquer ilegalidade ou vantagem indevida obtida pelo ex-presidente Lula.

Lula será condenado por acúmulo

Porque provas não há...​

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Extraído da seção de cartas dos leitores da Fel-lha:
Mais uma vez o juiz Sergio Moro aceitou denúncia contra o ex-presidente Lula, que é réu em cinco ações. Não sei aonde tudo isso vai chegar, mas a impressão que fica é que, se houver condenação, será pelo número de indiciamentos ou fortes suspeitas, pois provas, até agora, não há. Se nada for comprovado contra Lula, estaremos diante da maior campanha contra um político que este país já presenciou e a desmoralização completa da Justiça e do MPF.

Lula réu e Nardes e RBS inocentes é puro delírio fascista

Do O Cafezinho

fascismo
Por Jeferson Miola, enviado ao Cafezinho
O ministério público denunciou Lula novamente. Com a aceitação da denúncia pelo judiciário, que era previsível, Lula passou a ser passou réu na Operação Zelotes por “tráfico de influência (três vezes), lavagem de dinheiro (nove vezes) e organização criminosa” [sic].

Para os advogados do ex-presidente, a denúncia “é fruto de novo devaneio de alguns membros do ministério público que usam das leis e dos procedimentos jurídicos como forma de perseguir Lula e prejudicar sua atuação política”.

A Zelotes foi deflagrada em março de 2015 para investigar a prática de crimes de sonegação fiscal e previdenciária por grandes grupos econômicos e pessoas ricas junto ao CARF, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do governo federal. Na lista de quase 80 implicados figuram Bradesco, Banco Safra, Santander, Bank Boston, Newton Cardoso, FORD, Mitsubishi, Gerdau, Camargo Correa etc e o Partido Progressista [PP, do Maluf e ex-partido do Bolsonaro], cuja bancada inteira de deputados está denunciada na Lava Jato.

Estima-se que a sonegação praticada neste esquema, apenas em oito anos investigados, supera os R$ 20 bilhões, cifra que é mais de três vezes a quantidade de dinheiro desviado com corrupção na Petrobrás.

O Grupo de mídia RBS, afiliado da Rede Globo que controla e monopoliza o noticiário no sul do país, é acusado de ter sonegado R$ 671,52 milhões. A fraude para redução deste valor milionário foi efetivada por intermédio da empresa Planalto Soluções e Negócios, pertencente ao sobrinho [e sócio até 2005] do conselheiro do Tribunal de Contas da União [TCU] João Augusto Nardes.

Existem indícios de que Nardes recebera R$ 1,65 milhão na falcatrua com o sobrinho. Apesar disso, porém, ele continua tranqüilo no TCU, Casa na qual os conselheiros são tratados pomposamente como “ministros”.

Antes da indicação ao Tribunal de Contas pela Câmara dos Deputados, Nardes foi deputado pelo PP do Rio Grande do Sul. No TCU, ele foi determinante na instauração do regime de exceção consolidado com o golpe de Estado. Ele foi o responsável pela construção da fraude original que deu base para o processo fraudulento de impeachment da Presidente Dilma.

Foi Nardes quem elaborou o parecer de exceção das tais pedaladas fiscais; parecer que serviu para o absurdo pedido de impeachment comprado pelo PSDB por 45 mil reais a Janaína Paschoal, Reale Jr. e Hélio Bicudo, e que foi aceito pelo sócio do Temer no golpe, o hoje presidiário Eduardo Cunha.

A Rede Globo festejou a quarta incriminação do Lula – como as anteriores, sem provas; mas com muita convicção dos policiais federais, procuradores da república e juízes que agem partidariamente. Com indisfarçável satisfação, as Lo Pretes, Lobos e Leitões, os Mervais, Dannys e outros narradores oficiais do golpe comemoraram o indiciamento do ex-presidente.

Em menos de duas semanas, na exata proporção em que o governo golpista foi derretendo e Lula confirmando nas pesquisas o favoritismo para se eleger presidente do país pela terceira vez, o condomínio jurídico-midiático-policial entrou em pânico, e redobrou os ataques a ele.

Diante da monumental ausência de fatos para indiciá-lo na Lava Jato, os agentes públicos fascistas incrustados na polícia federal, ministério público, judiciário e incensada pela Globo, passou a fabricar ações judiciais para enquadrar Lula como ficha suja e impedi-lo de concorrer na eleição. O desejo da oligarquia golpista, sem lugar a dúvidas, é que Moro decrete a prisão do Lula, mesmo que ao custo de jogar o país na imponderabilidade e na violência.

Este método fascista não surpreende. Desde o inicio da Zelotes os investigadores desviavam as investigações para focar em Lula [artigo Operação: Zelotes. Alvo: Lula].

Neste contexto de delírio fascista que assoma as instituições de Estado, Lula corre risco de ser responsabilizado pelo desastre de Mariana/MG. Afinal, foi no seu período de governo que a Vale do Rio Doce se tornou uma empresa líder mundial nas áreas de mineração, siderurgia e energia. É a aplicação da teoria do domínio do fato, dirão os justiceiros.

Esta nova violência contra Lula expõe com nitidez o regime de exceção instaurado com o golpe de Estado no Brasil. Fraudes jurídicas e policiais – infâmias nojentas – são forjadas para o aniquilamento dos adversários do regime.

Ao mesmo tempo, o regime de exceção se auto-protege numa cumplicidade criminosa. Os agentes perpetradores do golpe – funcionários públicos [conselheiros do TCU, procuradores, policiais e juízes] que aparelham o Estado para aniquilar adversários políticos – e a mídia golpista e sonegadora de impostos, ficam imunizados e pairam acima da Lei e do Estado de Direito.

Estadão admite: Lava Jato tem o dedo dos EUA

Moro ignora a lei brasileira e faz acordo com órgãos americanos
Do conversa Afiada
publicado 13/12/2016
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Os procuradores do Paraná responsáveis pela Operação Lava Jato estabeleceram contato e troca de informações de maneira ilegal com autoridades do Departamento de Justiça dos EUA, firmando com eles acordos não oficiais e intermediando contratos de delação premiada de investigados no Brasil com entidades judiciais norte-americanas.
Além disso, o juiz de primeira instância Sérgio Moro, no processo que conduz contra Luiz Inácio Lula da Silva, permitiu que pessoas investigadas aqui e nos EUA, quando no papel de testemunhas do processo contra o ex-presidente, fizessem uso de seus acordos sigilosos assinados com autoridades norte-americanas como justificativa para atropelar as leis brasileiras, recusando-se a responder perguntas que lhes foram feitas na condição de testemunhas-delatoras.
No início da semana passada, o jornal Estado de S.Paulo publicou uma reportagem sobre o assunto, no blog do jornalista Fausto Macedo, na qual, citando fontes em off do periódico, afirma que os procuradores, de maneira não oficial, articularam para que fossem assinados nos EUA acordos sigilosos de delação de pelo menos cinco investigados da Lava Jato que serviram de testemunhas de acusação dos procuradores paranaenses contra Lula: “As colaborações são feitas individualmente com os delatores, via defesas, sem a participação oficial dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato ou de órgãos do Ministério da Justiça”, diz o jornal.
De fato, a colaboração dos procuradores não poderia ser feita de maneira diferente da, ou seja, à margem da lei, ou de "maneira não oficial". É o que explica, em artigo publicado na última quinta-feira (8) no Portal UOL, o jurista Anderson Bezerra Lopes. Ele diz: “Não se pode negar a importância dos mecanismos legais de cooperação jurídica Internacional em matéria penal. Todavia, em nenhuma hipótese tal cooperação pode ocorrer às margens da lei ou com ofensa à soberania política dos Estados.”
E por que teria sido ilegal a cooperação? Porque o conteúdo do que é oferecido a agentes estrangeiros em acordos de cooperação precisa ser de conhecimento do Estado brasileiro, para evitar riscos à soberania e  à economia nacional. Mas não é o que ocorre com a Lava Jato, cuja colaboração é feita pelos próprios procuradores, de maneira “informal”.
Ao site de notícias GGN, na última sexta-feira (9), a secretaria do Ministério Público Federal responsável por intermediar acordos de cooperação internacional entre estrangeiros e o Estado brasileiro admitiu que a força-tarefa de Curitiba negocia sozinha com o Estados Unidos. Ou seja, os procuradores agem à revelia do próprio comando do MPF.
Esta não é a única ilegalidade cometida por Sérgio Moro e pelos procuradores da Lava Jato. Durante as oitivas das testemunhas de acusação do processo contra Lula, cinco delas - todas delatoras premiadas da Lava Jato - simplesmente se recusaram a falar sobre os acordos que fizeram nos Estados Unidos, alegando que foram feitos sob sigilo e não poderiam comentar a respeito. 

Acontece que tal postura é incompatível com a lei brasileira. O jurista Anderson Bezerra Lopes, em seu artigo no portal UOL, explica: 
“Nesse sentido, o silêncio que algumas testemunhas têm oposto às perguntas sobre as negociações com autoridades dos EUA e o conteúdo das informações eventualmente transmitidas àquelas autoridades, a um só tempo, revelam grave ofensa tanto à legislação nacional quanto à soberania política do Estado brasileiro, prevista no art. 1°, inciso I, da Constituição Federal.”
“O sigilo previsto na Lei n° 12.850/13, que trata da colaboração premiada, vale para os acordos negociados ou celebrados no Brasil, cessando tal sigilo tão logo seja recebida a denúncia. Assim, não cabe invocar uma restrição imposta por autoridade estrangeira para impedir a plena vigência da lei brasileira em seu território. Do contrário, temos a esdrúxula situação de um juiz brasileiro afastar a soberania política do Brasil em seu território para, em seu lugar, admitir aqui a vigência da legislação estrangeira.”Assim, deveria Sérgio Moro ter instado as testemunhas a responder tudo que lhes foi perguntado, sob o risco de perderem os benefícios obtidos por meio de seus acordos de delação premiada já celebrados no Brasil. Mas o juiz paranaense de 1ª instância não fez isso, ele simplesmente permitiu que as testemunhas se calassem, ao arrepio da legislação vigente no país. Quer dizer: Moro colocou a negociação entre acusados e autoridades dos EUA acima da lei brasileira, conforme explica André Lozano Andrade, advogado especialista em Direito Processual Penal:
“É verdade que a lei faculta a uma testemunha que ela permaneça em silêncio se não quiser produzir provas contra si mesmo. Mas, no caso do delator premiado, caso ele faça essa opção, ele perde este direito assim que assina a delação, uma vez que faz parte das obrigações assumidas pelo delator falar toda a verdade sempre que lhe for perguntado, ainda que isso possa lhe incriminar. Ao não observar este aspecto legal elementar, o juiz Sérgio Moro mais uma vez passou por cima da Lei em sua atuação como magistrado nos processos da Lava Jato”.

Lula: "faz cinco meses que só se ouve falar em crise”




Em ato em defesa da indústria naval nesta manhã, no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), o presidente pediu união dos trabalhadores contra o desemprego; "Não existe outro remédio: é preciso reagir enquanto é tempo. 

Não conheço nenhum momento da história que a gente ganhou alguma coisa abaixando a cabeça"; ele também criticou as novas políticas da Petrobras sob a gestão Temer; 

"Não podemos permitir que a Petrobras abra mão do conteúdo nacional. Se a direção da Petrobras resolver comprar navios e sondas fora, eles vão engordar os estrangeiros e vocês vão ficar desempregados", disse; 

Lula lembrou que "eles tiraram Dilma num golpe dizendo que o país ia melhorar. E faz 5 meses que só se ouve falar em crise".

O ex-presidente Lula discursou na manhã desta quinta-feira 17 aos funcionários do estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), durante um ato em defesa da indústria naval. 

Ele disse que "existe um desmonte da indústria naval brasileira em todo território brasileiro" e convocou os trabalhadores a se unirem contra o desemprego.

"Não existe outro remédio: é preciso reagir enquanto é tempo. Vocês sabem que esse país mudou para melhor e não podemos deixar que retroceda", disse Lula. 

"Não conheço nenhum momento da história que a gente ganhou alguma coisa abaixando a cabeça", acrescentou.

"O trabalhador fica com medo de parar numa assembleia como essa e perder o emprego. Mas não é hora de covardia. Isso não garante emprego", prosseguiu o ex-presidente aos trabalhadores. Ele destacou que "passar flanela na mesa do chefe não garante emprego. 

O que garante emprego é a organização do trabalhador e a luta dos sindicatos".

Lula também condenou as novas políticas da Petrobras sob a gestão de Pedro Parente, nomeado no governo de Michel Temer.

O impressionante massacre do jn contra Lula

13 horas de "jornalismo"... A ONU não vai acreditar...​
De Conversa Afiada
publicado 17/11/2016
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No portal Lula.com.br:
Pesquisa entregue para ONU prova perseguição de Globo contra Lula
Dados referentes ao Jornal Nacional da Rede Globo mostram que, entre o final de dezembro de 2015 e agosto de 2016, foram ao ar praticamente 13 horas de notícias negativas sobre o ex-presidente.

A defesa do ex-presidente Lula apresentou ao juiz Sérgio Moro e à Comissão Internacional de Direitos Humanos da ONU um estudo científico sobre a cobertura da imprensa brasileira, que comprova tecnicamente -- e com números impressionantes -- o massacre midiático contra o ex-presidente.

O estudo foi preparado pelo cientista político, sociólogo e mestre em Filosofia João Feres Júnior, vice-diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP) – que produz o Manchetômetro,​ indicador das tendências políticas da mídia brasileira.

Os dados referentes ao Jornal Nacional da Rede Globo mostram que, entre o final de dezembro de 2015 e agosto de 2016, foram ao ar praticamente 13 horas de notícias negativas sobre o ex-presidente, apenas 4 horas de noticiário considerado neutro e nem 1 segundo de notícias com viés positivo.

A parcialidade do JN em relação a Lula fica evidente pelo fato de que metade de suas reportagens não contemplou o contraditório do ex-presidente, de sua assessoria ou de seus advogados.

Uma parte dos dados referentes ao Jornal Nacional foi apresentada nesta quarta-feira (16) pela advogada Valeska Zanin Martins, numa entrevista à imprensa internacional em Genebra, sede da Comissão de Direitos Humanos da ONU, onde a defesa de Lula denuncia os abusos cometidos contra ele no Brasil.

Os dados completos do estudo do professor João Feres sobre a cobertura do Jornal Nacional estão no resumo a seguir: jornal_nacional.docx.

Lula: por que Moro vai me prender

"Não podem recuar depois do massacre que promoveram na mídia"
Do Conversa Afiada
publicado 18/10/2016
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Moro, agora tem que prender ele - Foto de Ricardo Stuckert
O Conversa Afiada reproduz histórico depoimento de um prisioneiro, reproduzido da pág. 3 de Fel-lha, instituição que contribui decisivamente para o aludido massacre:
Em mais de 40 anos de atuação pública, minha vida pessoal foi permanentemente vasculhada - pelos órgãos de segurança, pelos adversários políticos, pela imprensa. Por lutar pela liberdade de organização dos trabalhadores, cheguei a ser preso, condenado como subversivo pela infame Lei de Segurança Nacional da ditadura. Mas jamais encontraram um ato desonesto de minha parte.
Sei o que fiz antes, durante e depois de ter sido presidente. Nunca fiz nada ilegal, nada que pudesse manchar a minha história. Governei o Brasil com seriedade e dedicação, porque sabia que um trabalhador não podia falhar na Presidência. As falsas acusações que me lançaram não visavam exatamente a minha pessoa, mas o projeto político que sempre representei: de um Brasil mais justo, com oportunidades para todos.

Às vésperas de completar 71 anos, vejo meu nome no centro de uma verdadeira caçada judicial. Devassaram minhas contas pessoais, as de minha esposa e de meus filhos; grampearam meus telefonemas e divulgaram o conteúdo; invadiram minha casa e conduziram-me à força para depor, sem motivo razoável e sem base legal. Estão à procura de um crime, para me acusar, mas não encontraram e nem vão encontrar.

Desde que essa caçada começou, na campanha presidencial de 2014, percorro os caminhos da Justiça sem abrir mão de minha agenda. Continuo viajando pelo país, ao encontro dos sindicatos, dos movimentos sociais, dos partidos, para debater e defender o projeto de transformação do Brasil. Não parei para me lamentar e nem desisti da luta por igualdade e justiça social.

Nestes encontros renovo minha fé no povo brasileiro e no futuro do país. Constato que está viva na memória de nossa gente cada conquista alcançada nos governos do PT: o Bolsa Família, o Luz Para Todos, o Minha Casa, Minha Vida, o novo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o Programa de Aquisição de Alimentos, a valorização dos salários - em conjunto, proporcionaram a maior ascensão social de todos os tempos.

Nossa gente não esquecerá dos milhões de jovens pobres e negros que tiveram acesso ao ensino superior. Vai resistir aos retrocessos porque o Brasil quer mais, e não menos direitos.

Não posso me calar, porém, diante dos abusos cometidos por agentes do Estado que usam a lei como instrumento de perseguição política. Basta observar a reta final das eleições municipais para constatar a caçada ao PT: a aceitação de uma denúncia contra mim, cinco dias depois de apresentada, e a prisão de dois ex-ministros de meu governo foram episódios espetaculosos que certamente interferiram no resultado do pleito.

Jamais pratiquei, autorizei ou me beneficiei de atos ilícitos na Petrobras ou em qualquer outro setor do governo. Desde a campanha eleitoral de 2014, trabalha-se a narrativa de ser o PT não mais partido, mas uma "organização criminosa", e eu o chefe dessa organização. Essa ideia foi martelada sem descanso por manchetes, capas de revista, rádio e televisão. Precisa ser provada à força, já que "não há fatos, mas convicções".

Não descarto que meus acusadores acreditem nessa tese maliciosa, talvez julgando os demais por seu próprio código moral. Mas salta aos olhos até mesmo a desproporção entre os bilionários desvios investigados e o que apontam como suposto butim do "chefe", evidenciando a falácia do enredo.

Percebo, também, uma perigosa ignorância de agentes da lei quanto ao funcionamento do governo e das instituições. Cheguei a essa conclusão nos depoimentos que prestei a delegados e promotores que não sabiam como funciona um governo de coalizão, como tramita uma medida provisória, como se procede numa licitação, como se dá a análise e aprovação, colegiada e técnica, de financiamentos em um banco público, como o BNDES.

De resto, nesses depoimentos, nada se perguntou de objetivo sobre as hipóteses da acusação. Tenho mesmo a impressão de que não passaram de ritos burocráticos vazios, para cumprir etapas e atender às formalidades do processo. Definitivamente, não serviram ao exercício concreto do direito de defesa.

Passados dois anos de operações, sempre vazadas com estardalhaço, não conseguiram encontrar nada capaz de vincular meu nome aos desvios investigados. Nenhum centavo não declarado em minhas contas, nenhuma empresa de fachada, nenhuma conta secreta.

Há 20 anos moro no mesmo apartamento em São Bernardo. Entre as dezenas de réus delatores, nenhum disse que tratou de algo ilegal ou desonesto comigo, a despeito da insistência dos agentes públicos para que o façam, até mesmo como condição para obter benefícios.

A leviandade, a desproporção e a falta de base legal das denúncias surpreendem e causam indignação, bem como a sofreguidão com que são processadas em juízo. Não mais se importam com fatos, provas, normas do processo. Denunciam e processam por mera convicção - é grave que as instâncias superiores e os órgãos de controle funcional não tomem providências contra os abusos.

Acusam-me, por exemplo, de ter ganho ilicitamente um apartamento que nunca me pertenceu - e não pertenceu pela simples razão de que não quis comprá-lo quando me foi oferecida a oportunidade, nem mesmo depois das reformas que, obviamente, seriam acrescentadas ao preço. Como é impossível demonstrar que a propriedade seria minha, pois nunca foi, acusam-me então de ocultá-la, num enredo surreal.

Acusam-me de corrupção por ter proferido palestras para empresas investigadas na Operação Lava Jato. Como posso ser acusado de corrupção, se não sou mais agente público desde 2011, quando comecei a dar palestras? E que relação pode haver entre os desvios da Petrobras e as apresentações, todas documentadas, que fiz para 42 empresas e organizações de diversos setores, não apenas as cinco investigadas, cobrando preço fixo e recolhendo impostos?

Meus acusadores sabem que não roubei, não fui corrompido nem tentei obstruir a Justiça, mas não podem admitir. Não podem recuar depois do massacre que promoveram na mídia. Tornaram-se prisioneiros das mentiras que criaram, na maioria das vezes a partir de reportagens facciosas e mal apuradas. Estão condenados a condenar e devem avaliar que, se não me prenderem, serão eles os desmoralizados perante a opinião pública.

Tento compreender esta caçada como parte da disputa política, muito embora seja um método repugnante de luta. Não é o Lula que pretendem condenar: é o projeto político que represento junto com milhões de brasileiros. Na tentativa de destruir uma corrente de pensamento, estão destruindo os fundamentos da democracia no Brasil.

É necessário frisar que nós, do PT, sempre apoiamos a investigação, o julgamento e a punição de quem desvia dinheiro do povo. Não é uma afirmação retórica: nós combatemos a corrupção na prática.

Ninguém atuou tanto para criar mecanismos de transparência e controle de verbas públicas, para fortalecer a Polícia Federal, a Receita e o Ministério Público, para aprovar no Congresso leis mais eficazes contra a corrupção e o crime organizado. Isso é reconhecido até mesmo pelos procuradores que nos acusam.

Tenho a consciência tranquila e o reconhecimento do povo. Confio que cedo ou tarde a Justiça e a verdade prevalecerão, nem que seja nos livros de história. O que me preocupa, e a todos os democratas, são as contínuas violações ao Estado de Direito. É a sombra do estado de exceção que vem se erguendo sobre o país.

LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA

Veja aqui a estratégia que está sendo usada contra LULA

Do Conversa Afiada
 
A ação penal agora em trâmite, repleta de imputações frívolas, visa conferir uma aparência de legalidade, cobrindo as incontestes perseguições e ilegalidades perpetradas. 




De fato, conforme alertou Orde Kittrie, especialista em Lawfare, “[a] lei está se tornando, gradativamente, uma poderosa e prevalente arma de guerra.”.[6]
 
            Dentre as táticas Lawfare utilizadas pela Operação Lava-Jato, estão:
 
- Manipulação do sistema legal, com aparência de legalidade, para fins políticos;
- Utilização de processos judiciais sem qualquer mérito;
- Abuso do direito para danificar e deslegitimar um adversário;
- Promoção de ações judiciais para descredibilizar o oponente;
- Tentativa de influenciar opinião pública: utilização da lei para obter publicidade negativa;
- Judicialização da política: a lei como instrumento para conectar meios e fins políticos;
- Promoção de desilusão popular;
- Crítica àqueles que usam o direito internacional e os processos judiciais para fazer reivindicações contra o Estado;
- Utilização do direito como forma de constranger e punir o adversário;
- Bloqueio e retaliação das tentativas dos atores políticos de fazer uso de procedimentos disponíveis e normas legais para defender seus direitos;
- Acusação das ações dos inimigos como imorais e ilegais, com o fim de frustrar objetivos contrários.
 

O PORRETE REPUBLICANO LULA, O GRANDE CULPADO.

De uma coisa não se tem dúvidas: Lula é culpado.
A Lula o que é de Lula. O maior programa de distribuição de renda do século é culpa do Lula. As Organizações Globo estarem cada dia mais fortes e disseminarem mentiras como bem entendem para golpearem a democracia também.


O Brasil ter descoberto e viabilizado a maior reserva de petróleo do mundo neste século é culpa o Lula, assim como a mais abjeta e covarde Suprema Corte de que se tem notícia no país, que permite e colabora para que um juiz de primeira instância entregue essa enorme jazida aos estrangeiros, é culpa dele também. 

O Brasil sair do mapa da fome é culpa do cara; e também é culpa dele entregar o poder do porrete nas mãos de golpistas que detestam o povo. Em suma, se Lula for preso, admoestado e inviabilizado, todos sofreremos, mas gostem ou não, a culpa terá sido, não exclusiva, mas principalmente dele. 

São dois os erros decisivos e fatais de Lula que nos trouxeram a esse abismo em que nos encontramos hoje: a negligência com as comunicações e pouco caso com o judiciário, sendo certo que a entrega dos destinos do Brasil à máfia judicial é, de longe, a mais estúpida mancada que se pode verificar em todo esse imbróglio. É tão inacreditavelmente ingênuo, que chega a ser paralisante.


O PORRETE - Pra começo de conversa, é de conhecimento geral que nesse mundo de meu Deus quem manda é a força bruta. A porrada. A violência. O detentor do porrete. E isso vale pra qualquer regime em qualquer situação e em qualquer lugar do mundo.

Numa ditadura militar ou numa democracia todos obedecem ao porrete. Numa democracia, se você não obedecer a uma simples ordem de despejo, o juiz manda uma guarnição de samangos pra te tirar do local na base do porrete. É o porrete quem fala mais alto. 


A diferença é saber nas mãos de quem ele está. Ninguém duvida que na ditadura que se seguiu ao golpe de estado de 1964, quem mandava era quem tinha o canhão o tanque e o fuzil. Em suma, o porrete: se não obedecesse ia preso, era torturado e, não raro, assassinado pelos detentores do porrete. 

Exaurida e finda a época de chumbo, o porrete muda de mãos, mas não significa que, pelo simples fato de ter saído das mãos de um carrasco, o porrete tenha caído automaticamente nas mãos dos justos. Agora, o poder de mandar prender e torturar sem oposição é uma casta chamada "judiciário". 

Não, ainda não é democracia. Democracia é onde tem povo, e o judiciário é um poder que se orgulha de não se misturar com ele. Se vangloriam de ser, nas palavras deles, "contramajoritários" (apud Gilmar Mendes). Mas isso é assunto pra outro post.

Atualmente, a única forma do povo ter alguma interferência no judiciário, ainda que remota, é através do voto no(a) presidente(a) da república. Isso permite que as vagas de ministros da Suprema Corte sejam preenchidas por ele(a) com pessoas afinadas com o projeto de governo escolhido pelo povo. 


O mesmo para o procurador geral da república. Tem que ser pessoa de confiança e empenhada no projeto vencedor das urnas, para que o executivo federal toque o projeto vencedor de forma harmônica com os demais poderes. E aí entra a mais rematada estupidez que já vi acontecer em um governo. 

Lula vence as eleições e resolve entregar o manuseio do porrete aos adversários de seu projeto de governo. Que tal? E batizar essa estultice de "republicanismo". Dizem que foi Marcio Thomas Bastos quem o induziu a esse engodo. Eu acredito. O que não acredito é Lula ter chamado o advogado dos ricaços, amigão do peito dos juízes reaças, para ser seu conselheiro nessa área. Isso sim, é incrível.

Dilma seguiu a mesma trilha suicida e... voilà! Aqui estamos nós: golpeados, saqueados, atraiçoados e sem ninguém pra recorrer nem a quem denunciar. Denunciar a quem? À Globo e coirmãs, enriquecidas e fornidas com apetitosas verbas federais para proporcionar a propaganda do golpe?


Recorrer a quem? À Suprema Corte, composta com o que há de mais covarde e reacionário no cenário jurídico do país, graças aos presidentes petistas? Ou esperar que o PGR faça alguma denúncia? Como? Lula e Dilma entregaram também esse porrete aos inimigos! 


Uma democracia só existe de verdade se o porrete estiver sob o domínio da população. Aquele que manda prender e soltar, ou seja, os que têm mando sobre a vida e liberdade do povo, estejam sob vigilância e controle do povo. Fora isso não é democracia, é somente uma farsa, como essa que vivemos hoje.


Estamos num mato sem cachorro e quem nos colocou nessa situação, lamentavelmente, foram Lula e Dilma.


A ESPERANÇA - Não estou aqui para apontar um dedo, mas para apontar um erro, e na mais cega esperança de que isso não se repita nunca mais!
Existe uma possibilidade remotíssima de termos eleições em 2018. 


O Golpe está andando e vem aí a derrubada de Temer em 2017 para se encaixar uma eleição indireta pelo congresso. Daí pra uma canetada e um parlamentarismo goela abaixo, é um pulo. 

Mais remota ainda é a possibilidade de Lula concorrer a um eventual pleito em 2018. Mas se isso ocorrer e Lula voltar à cadeira da presidência desse pais (e é essa a minha pálida esperança), que não cometa NUNCA MAIS a insanidade de abrir mão de governar em nome da babaquice suprema apelidada de "republicanismo". 

Que entenda, de uma vez por todas, que é imperioso escolher um ministro do STF conforme suas convicções ideológicas, sua visão de mundo e seu comprometimento com o povo, a democracia e o projeto de nação acolhido pelo voto. Pouco importa se é ou não um luminar em direito, afinal é pra isso que existem inúmeros auxiliares nos gabinetes dos ministros. 

Rosa Weber, por exemplo, se utilizou do auxiliar Sergio Moro, no seu voto no julgamento do mensalão, onde assinou em baixo da frase que dizia que condenava Zé Dirceu, apesar de não ter provas. Joaquim Barbosa era, patentemente, um fiasco como operador do direito, mas tinha auxiliares. Então, não será esse o impeditivo.

Que entenda que um procurador geral da república não deve ser escolhido entre seus pares e sim pelo presidente da república. Isso não é uma sugestão, isso é um MANDAMENTO da constituição, no parágrafo 1o de seu art.128. MANDAMENTO esse ratificado pelo art. 25 da Lei Complementar 75 de 1993. 


Ao entregar a escolha que deveria ser sua a uma categoria sem qualquer representatividade popular e sabidamente reacionária, Lula e Dilma descumpriram o que foi acordado pela nação na constituinte de 1988: o Brasil combinou uma coisa e Lula e Dilma fizeram outra. Rasgaram a constituição em nome de uma idiotice a que deram o nome de "republicanismo", entregaram o porrete aos inimigos do povo e, com isso, nos enfiaram nesse buraco em que todos estamos hoje, inclusive eles.

Como se vê, estamos quase sem armas. Denúncias, só na imprensa estrangeira (olha aí a negligência com a comunicação) e os únicos tribunais que nos restam são os internacionais (ONU e OEA) que, na prática, podem muito pouco (eis o pouco caso com o Judiciário).


E, claro, o povo nas ruas. Essa, talvez, a nossa maior e mais eficiente arma. Não fosse a negligência com as comunicações, muito mais brasileiros já as estariam ocupando. Mas o republicanismo...

Nunca dantes: Lula é o 1º a ir à ONU

Todo brasileiro pode

publicado 28/07/2016
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A petição foi apresentada na sede do Comitê da ONU em Genebra, na Suíça, pelos advogados Cristiano Zanin e Geoffrey Robertson



Lula é o primeiro brasileiro a recorrer à Comissão de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra.
É uma corte que reúne 49 países e tem 18 juízes.
O Brasil subscreveu o pacto de Direitos Humanos da ONU em 1992 e ratificou em 2009.
PHA
Em tempo: Clique aqui para ler a íntegra da petição entregue pelos advogados de Lula ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Em tempo 2: Confira mais informações no site do presidente Lula.