Fernando Morais: novo golpe dentro do golpe põe tucanos no poder e tira Temer



Publicado no Nocaute.
Por Fernando Morais.
Atenção movimentos sociais e lideranças populares: os golpistas estão rascunhando um golpe dentro do golpe para salvar a pele (não o cargo) de Michel Temer, formar um governo de maioria tucana e jogar por terra a campanha por eleições diretas já.
Um grande acordo da Casa Grande começou a ser costurado no último sábado em uma reunião “social” ocorrida no Palácio do Jaburu. Participaram do encontro, além de Temer, o general Sérgio Etchegoyen (ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), os ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidencia) e o governador de São Paulo, Geraldo Alkmin. Para disfarçar, Marcela Temer recebeu em outro ambiente do palácio as esposas presentes. Por meio de mídia eletrônica o encontro foi acompanhado à distância pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os principais termos do acordão são os seguintes:
  • Temer deve sair logo, para evitar a cassação pelo TSE e a eventual convocação de eleições diretas já para presidente da República.
  • Esvaziar a Operação Lava Jato.
  • Formar um governo de maioria tucana, no qual Henrique Meirelles seria substituído no Ministério da Fazenda por Armínio Fraga.
  • Garantir o silêncio de Eduardo Cunha com a preservação da liberdade de sua mulher e sua filha.
  • Controlar a delação de Palocci, que se torna irrelevante com o acordão.
Como o plano não contempla todos os problemas dos golpistas, há dúvidas sobre como solucionar algumas questões-chave e sobre a mesa ainda há obstáculos a serem superados:
  • Oferta de anistia aos crimes de Caixa 2, com o que livrariam a pele, entre outros, de Moreira Franco, Eliseu Padilha e demais congressistas que fazem parte da “lista de Fachin”. Com isso os golpistas imaginam neutralizar o ex-presidente Lula e seus familiares, que seriam beneficiados pela medida.
  • Não há consenso a respeito do nome que seria eleito indiretamente com a saída de Temer. O mais cotado parece ser mesmo o ex-ministro Nelson Jobim. O lançamento informal pelos tucanos do nome do senador Tasso Jereissati teria sido apenas uma cortina de fumaça, um “boi de piranha” previamente acordado com o político cearense.
  • Ainda não se conseguiu solucionar o “problema Rodrigo Maia” e a fórmula legal para oferecer garantias a Temer após sua saída – seja ela indulto, perdão ou salvo-conduto.
Aparentemente não há objeções maiores ao acordão por parte das Forças Armadas – aí incluídos os oficiais da reserva, que não mandam mas fazem barulho.

Recado da Belinha













Menino Aécio, mas quequicêfoifazer, garoto!

Cê num sabe que nunca se guarda tanta prova contra si mesmo. 

Puxa, quando começou tudo isso, menino, cê podia queimar tudo. 

Rasgar, tocar na privada, sei lá, mas NUNCA, repito menino, NUNCA deixar em seu apartamento ou no seu gabinete.

Onde cê tava coma a cabeça, garoto?

Você achava que, ninguém iria atacar tucanos, né?

Que tudo isso que taí, era só contra o PT, não foi?

Só pode ser isso. 

Você xingava, Dilma, LULA e o PT. Chamava eles de ladrões. 

Aparecia toda hora no jornal nacional, falando horrores...no entanto cê deixava "um rabo enorme" pros outros pisarem.

Onde cê tava com a cabeça, garoto?

E ainda por cima, deixou Andreazinha, sozinha e abandonada até ela ser presa. 

Que coisa horrorosa ela fichada, com foto e tudo.

Menino, o que cê vai fazer agora?

Olha, a Belinha aqui tem um conselho. 

Se retrate. Peça desculpas ao povo brasileiro de tudo o que é besteira que cê falou. 

Inclusive aquela depois de perder as eleições...cê sabe, né? Aquela que não ia deixar ela em paz (como não deixou).

Bem, fica bem viu! Cê num faça besteira nenhuma, hem! Essa história de suicídio é pra quem é fraco. Cê aguenta bem tudo isso. 

Cê é forte, é saudável, é rico...pode muito bem ir pra outro país, igual aquele menino do Manhattan Connection fez....aquele que chamou LULA de anta. 

Fique bem, viu!

De uma pessoa que tem pena docê:
Belinha !

Ps: olha só o que cê deixou pra trás...menino!


A força só leva à crise e a salvação de Temer é aceitar que acabou. Por Fernando Brito


Uma besta
Publicado no Tijolaço.
POR FERNANDO BRITO

A escalada de insanidade que o Brasil está vivendo tem seus remédios em duas coisas que a direita não quer aceitar.

A primeira é que se não havia antes condições políticas e legitimidade para aprovar as reformas trabalhista e previdenciária, agora isso é impossível e fazê-las adotar á força nos levará a confrontos de dimensões incalculáveis.

Nem se discute se são necessárias, nesta ou naquela direção ou neste ou naquele grau. Mas está evidente que não se pode fazê-las em um clima de ditadura, congressual que seja.

A segunda é que não parece um nome de consenso – que todos concordam ser a única saída imediata para o afastamento de Michel Temer – porque não há homem neste país que seja capaz de unir o Brasil.

Mas há uma ideia, sim, que só não é unânime porque os grupos conservadores e o “mercado” ainda se aferram à ideia exposta cruamente por Henrique Meirelles: “com Michel ou sem Michel, as reformas têm de sair”.

Tão grave quando o “fundamentalismo de mercado” é o “fundamentalismo judicial”. A finalidade da lei e da Justiça é a de preservar direitos e  solucionar conflitos. 

Se, numa casa conflagrada, no mesmo momento, quisermos examinar e julgar cada ato, pequeno ou grande, de cada um dos moradores, nada sobrará de pé.

Nada, até que surja um tirano que, à força, restabeleça a ordem, mas sem justiça alguma, porque só a sua vontade prevalecerá sobre as ruínas.

Se Michel Temer quer deixar o Planalto com um mínimo de dignidade e não ser chutado de lá, só tem um caminho.

Que não é chamar o Exército, mas chamar eleições, retirando as reformas que propôs ao Congresso, deixando ao novo governo, eleito, a decisão de levá-las em frente ou não, e de que forma.

Infelizmente, parece ser um gesto grande demais para um homúnculo como ele, que vive num mundo de dissimulação e golpes de esperteza e vaidade mediocre.

Dificilmente terá esta compreensão, embora seja a única coisa, a esta altura, que tornaria sua morte política digna e preservaria seu cadáver do vilipêndio inevitável que virá de sua derrubada.

Delcídio delata Lava Jato: meganhas do golpe estão celebrando acordos ilegais com o governo americano

Escrito por , Postado em Redação
No Brasil 247
INTERROGADO PELO DEPARTAMENTO DE JUSTIÇA DOS EUA
Ex-senador contou nesta segunda-feira 22 ao juiz Sergio Moro que prestou depoimento ao Departamento de Justiça Americano (DOJ) este ano para responder questões relacionadas à Petrobras e à Operação Lava Jato; segundo ele, o depoimento foi solicitado pelo DOJ diretamente ao STJ e aconteceu em Campo Grande; Delcídio do Amaral comentou ter achado “estranho” que representantes do governo norte-americano não tenham aparecido na sessão que, estava “esvaziada”
22 DE MAIO DE 2017 ÀS 21:55 // 247 NO TELEGRAM Telegram // 247 NO YOUTUBE 
Daniel Isaia – Correspondente da Agência Brasil
O ex-senador Delcídio do Amaral contou nesta segunda-feira 22 que prestou depoimento ao Departamento de Justiça Americano (DOJ) este ano para responder questões relacionadas à Petrobras e à Operação Lava Jato. 

O relato foi feito nesta tarde, durante audiência na 13ª Vara Federal de Curitiba. Delcídio depôs como testemunha de acusação em um dos processos que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o ex-senador, o depoimento foi solicitado pelo DOJ diretamente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) brasileiro e aconteceu em Campo Grande. “Eu simplesmente mostrei ao longo da audiência que o processo que eu respondo é por obstrução de Justiça, então eu não tinha os detalhes que a própria Operação Lava Jato já investigou, já tomou conhecimento”, relatou.

Delcídio também disse que achou “estranho” que representantes do governo norte-americano não tenham aparecido na sessão que, segundo ele, estava “esvaziada”. 

Ele contou que o depoimento foi acompanhado apenas por um juiz, um representante do Ministério Público Federal (MPF) e por advogados da Petrobras.

Ainda segundo o ex-senador, as perguntas feitas durante o depoimento abordavam assuntos sobre os quais ele já havia respondido na delação premiada celebrada com o MPF. “Todos nós ficamos numa saia-justa danada nessa audiência, porque afinal de contas ninguém entendeu direito porque aquilo aconteceu lá em Campo Grande”, afirmou.

O relato de Delcídio foi feito após a defesa de Lula perguntar se ele havia celebrado algum acordo judicial com autoridades norte-americanas. O ex-senador revelou detalhes do depoimento solicitado pelo DOJ, mas negou que tenha feito qualquer acordo.

Defesa de Lula protesta
No fim da tarde de hoje, pouco depois da audiência em Curitiba, a defesa de Lula emitiu uma nota assinada pelo advogado Cristiano Zanin Martins. 

No texto, ele afirma que as informações relativas ao depoimento de Delcídio ao DOJ estavam restritas ao conhecimento do MPF e da Petrobras.

“Sonegadas, portanto, à defesa, revelando a existência de um aparente processo paralelo, que veio a público apenas em função dos questionamentos feitos”, diz a nota.

Martins afirma, ainda, que a audiência de hoje “provou o caráter frívolo da acusação, que é parte de uma estratégia de lawfare com o único objetivo de prejudicar a atuação política de Lula”.

O depoimento prestado pelo ex-senador Delcídio do Amaral em Curitiba é parte do processo em que o MPF acusa Lula de receber vantagens indevidas da Odebrecht. 

A força-tarefa afirma que o ex-presidente foi beneficiado na compra de um terreno para a construção do Instituto Lula e de um apartamento no mesmo edifício onde ele vive, em São Bernardo do Campo.

Na mesma audiência, foram ouvidas mais duas testemunhas de acusação: o ex-executivo da Toyo Setal, Augusto Ribeiro; e o ex-presidente de Engenharia da Camargo Corrêa, Dalton Avancini.

Lobista da JBS ofereceu “aposentadoria” a Temer de até R$ 1 milhão por semana durante os próximos vinte e cinco anos

De Amoral Nato

Érika deu as primeiras pistas da ligação da Rodrimar com Temer, no porto de Santos, que a revista Veja expôs
Da Redação, com Garganta Profunda*
A mídia brasileira não é apenas ideologicamente contaminada. É, do ponto-de-vista de apuração, ruim.
Tudo o que ela faz, do ponto-de-vista “investigativo”, é republicar os documentos produzidos pelo Ministério Público ou pela Polícia Federal. São os vazamentos.
Como diria Caco Barcellos, é o “jornalismo declaratório”, que não consegue ligar dois pontos.
Isso é tarefa para o Garganta Profunda, que não pode se identificar para não perder o emprego.
Depois de correr os olhos pela íntegra dos documentos da Operação Patmos, nosso veterano colega foi direto ao ponto central, ou seja, àquele que pode demolir a carreira de Michel Temer e colocá-lo na cadeia.
Está no documento Ac 4315, volume 2, que reproduzimos no pé do post.
Trata-se dos acertos entre o lobista Ricardo Saud, da JBS, e o deputado federal Rodrigo Santos da Rocha Loures (PMDB-PR), indicado por Michel Temer a Joesley Batista, da JBS, para representá-lo.
Com R$ 30 milhões, a JBS ajudou a financiar a eleição de Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos Deputados — ou seja, abriu caminho para a derrubada de Dilma Rousseff.
Depois da conversa gravada entre Michel Temer e Joesley Batista, na calada da noite, no Palácio Jaburu, o lobista Saud passou a pressionar o deputado Loures a resolver pendencias financeiramente importantes que a JBS tinha junto ao governo federal.
    1. No CADE, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o pleito da JBS para comprar gás diretamente da Bolívia, sem intermediação da Petrobras, o que segundo Joesley Batista custava a ele um prejuízo de U$ 1 milhão por dia.
    2. Um crédito de R$ 2 bilhões que a JBS teria sobre o PIS/Cofins de exportação na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
O deputado Loures, intermediário de Temer, trabalhava informado de que o lobista da JBS fazia pagamentos para calar a boca de dois delatores em potencial que poderiam derrubar o governo Temer, o doleiro Dilson Funaro e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Loures trabalhava consciente de que ministros importantes do governo Temer poderiam ser afastados assim que se tornassem réus no Supremo Tribunal Federal — tudo isso aparece nos diálogos gravados.
O lobista Saud explorava essa instabilidade: prometia a Loures um negócio de longo prazo, que poderia render a Temer uma “aposentadoria” de até R$ 1 milhão por semana durante 25 anos.
Ricardo Saud, provavelmente estimulado pelo fato de que já “trabalhava” como delator da Procuradoria Geral da República, tentava o deputado Rodrigo Loures a receber dinheiro vivo o mais rapidamente possivel.
Era uma forma de permitir à Polícia Federal que “produzisse” provas.
Por isso, é preciso ter cuidado: o lobista pode ter feito promessas absurdas justamente por saber que as provas produzidas por ele mais tarde incriminariam Temer e sua turma.
É preciso debater, inclusive, se esse tipo de “pegadinha” é juridicamente aceitável.
Saud, agora livre, leve e solto nos Estados Unidos, comparecia aos encontros com sua Maserati. Um automóvel que, novo, sai por cerca de R$ 700 mil.
Como se vê no diálogo acima, o lobista Saud tenta fazer com que o deputado Loures, o representante de Temer, receba a propina em dinheiro vivo, não através de notas fiscais frias, que acarretariam o pagamento de impostos.
O tal Edgar, mencionado no diálogo e ainda não identificado, é mencionado como alternativa para receber os pagamentos semanais.
Entregas já haviam sido feitas, anteriormente, ao coronel aposentado da PM João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo do peito e suspeito de ser laranja de Temer.
Porém, o coronel já estava “queimado”. Tinha aparecido na imprensa por conta da estranha participação da empresa dele, a Argeplan — que não tinha nenhum conhecimento no ramo — numa concorrência vitoriosa em projeto da Eletronuclear, em parceria com uma empresa holandesa.
No diálogo acima, o deputado Loures comunica ao lobista da JBS que o coronel Lima não pode mais receber dinheiro vivo.
Sugere como alternativa um xará de Ricardo Saud, que ambos haviam encontrado durante uma entrega anterior.
O lobista da JBS diz que não gosta do tal Ricardo, mas que não se importa com quem for buscar a semanada desde que as entregas aconteçam no estacionamento do Instituto Germinare, uma escola bancada pela JBS nas proximidades da marginal do Tietê, em São Paulo.
Ricardo Saud é professor lá. Diz que o dinheiro vivo poderá inclusive ser entregue sob peças de carne, como se alguém fosse apanhar uma encomenda.
O deputado diz que vai conversar com o tal Edgar e oferece duas opções ao lobista para a entrega do dinheiro: Edgar ou Ricardo.
Eles também mencionam um certo Celso, que seria de integral confiança de Michel Temer.
A notícia do Valor Econômico mencionada no diálogo diz respeito a uma possível delação premiada de Eduardo Cunha.
Quanto ao valor da propina, ele depende do PLD, o Preço de Liquidação das Diferenças, uma medida do mercado de energia.
Se o PLD estiver entre 300 e 400 por semana, a propina paga será de 500 mil reais por semana.
Se o PLD estiver acima dos 400, Temer receberá R$ 1 milhão semanais.
É uma forma de incentivar Temer a atender o pleito da JBS, que produz energia em sua termelétrica de Cuiabá.
Quanto mais Joesley lucrar vendendo a energia da termelétrica, mais Temer e sua patota receberão.
Para Joesley lucrar, é preciso que ele compre gás diretamente dos bolivianos ou que feche um contrato de 25 anos com a Petrobras a preço de gás “camarada” para tocar a termelétrica.
No diálogo acima, o lobista da JBS revela que prefere entregar o dinheiro ao tal de Edgar.
“O problema é o seguinte, a gente já fez muito negócio lá com o Ricardo e com o Celso… bom se é da confiança do chefe, não tem problema nenhum…”, diz o homem da mala da JBS.
Fica definido que, se a entrega for na escola — e não na sede da JBS, que também fica na marginal — qualquer um indicado pelo deputado pode pegar o dinheiro.
Mas, quem é o tal Ricardo?
Trata-se, segundo a Polícia Federal, de Ricardo Mesquita, da empresa Rodrimar, baseada em Santos.
Mas, o que exatamente isso tem a ver com Michel Temer?
No final do ano 2000, um processo de separação tumultuou a vida do então deputado federal Michel Temer.
Érika Santos, em união estável com Marcelo de Azeredo, dirigente da Codesp, a Companhia Docas de Santos, pleiteou uma pensão de R$ 10 mil mensais depois da separação. Foi um divórcio litigioso.
Marcelo havia sido indicado para o cargo por Michel Temer.
Para garantir seu pleito, Érika retirou do computador do ex-marido informações sigilosas. Numa planilha, descobriu que as propinas obtidas em negócios do porto eram assim divididas: 50% para Michel Temer, 25% para o coronel Lima e 25% para Marcelo de Azeredo.
Pelos cálculos feitos a partir dos dados registrados no computador, Temer teria recebido ao menos R$ 2,7 milhões em propinas nos negócios do porto.
Deste total, R$ 500 mil teriam sido pagos pela Rodrimar, a mesma empresa agora indicada pelo deputado Rodrigo Loures para receber as semanadas de Temer.
É justamente por isso que a Polícia Federal fez buscas tanto na Argeplan, em São Paulo, quanto na Rodrimar, em Santos.
É o caminho para revelar o propinoduto que abasteceu a ascensão do político medíocre que é Temer, desde quando passou a mandar no maior porto do Brasil, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Ruim de voto, mas bom de acertos obscuros nos bastidores, por perto da meia noite, como ficou demonstrado no encontro com Joesley Batista no porão do Palácio Jaburu

Por que não delataram ao Moro?




Joesley e Wesley Batista


As delações dos irmãos da JBS foram feitas ao PGR. Segundo informações divulgadas, eles observaram que tanto Temer, como Aécio tinham relações “amistosas” com o juiz Sérgio Moro.

Eles não só fizeram acordo com o PGR, como também “armaram” arapucas, junto com a PF, inclusive anotando o número das cédulas que iriam ser entregues. Como dizemos aqui no Brasil “é baton na cueca” não tem explicação, não tem como negar!

Com isso, na minha opinião, Moro se desmoraliza  e os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS,  deixam claro que não confiavam nele. 

A viagem deles ao exterior, para fugir de ameaças de morte, deixa claro a fragilidade que eles perceberam em Moro, em relação aos tucanos e a Temer.

Agora, a bem da verdade, Moro deveria rever suas opiniões e deixar a condução da Lava Jato. 

A foto dele (aqui abaixo), aos carinhos com Aécio e posteriormente ter dito na Alemanha que “Aécio não era acusado de nada”, bem como a desconfiança dos irmãos da JBS, deixam claro que é hora dele assumir que protegia uns e atacava outros.

Saia daí, juiz Moro, e não comprometa o trabalho que pode tomar outro rumo: o de limpar a política, sem proteções e poupando as empresas, como o PGR fez com a JBS.

Seja humilde, pelo menos uma vez. 

E a PF, espero que daqui para frente crie vergonha e tome as iniciativas sem olhar se “é vermelho, amarelo e azul", ou outra cor qualquer.

O joguinho sujo dessa organização criminosa formada entre Lava Jato e mídia

(Miriam Leitão, Sergio Moro e Vladimir Netto. Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo)
Quero comentar, rapidamente, duas reportagens da Folha, que integram o que tem sido chamado “jornalismo de guerra”.
Uma delas é uma matéria sobre o famigerado e ridículo email, que Monica Mouro alega ter sido “o aviso” de Dilma de que ambos seriam presos.

Ao dizer que o Google “será peça chave”, a Folha tenta dar sobrevida a mentira de Moura, visto que o email não diz absolutamente nada. Não tem remetente, nem destinatário, nem assunto, nem conteúdo.
A outra é uma reportagem em que os procuradores da Lava Jato, sempre através da imprensa, tentam mostrar uma contradição de Lula.

A Lava Jato não tem vergonha de se mostrar como uma perseguição. Lula foi presidente por oito anos. Teve milhares e milhares de reuniões. Os procuradores mostram uma reunião entre ele, Dilma e Guilherme Estrela (que não é acusado de nada), da época da descoberta do pré-sal, e querem dizer que isso mostra “contradição” do que disse Lula?
Pior, os procuradores – para dar substância ao ataque midiático – misturaram tudo e divulgaram “agendas”, em que Lula esteve presente em inaugurações e viagens nas quais estavam presentes também os diretores, o que não tem nada a ver com a afirmação de Lula, de que o presidente não tinha reunião “específica” com nenhum diretor.
O texto da Folha é todo trabalhado na mentira. Confiram esse trecho:

Reparem: não há nenhuma menção à reunião específica com Paulo Roberto Costa. Há “agendas”. E aí temos a seguinte expressão: “incluindo sete agendas em que não há menção de outros participantes”. Ora, a Folha e a Lava Jato são diabólicos. A expressão dá a entender que “não havia outros participantes”, o que não é verdade. Quando o presidente vai num “jantar em Beijing”, trata-se de um evento com a participação de dezenas de autoridades chinesas, que, no entanto, não precisam ser mencionadas, por nome, na agenda do Planalto. Quanto ao “encontro” no Palácio do Planalto em 2006, a matéria novamente confunde, porque dá a entender que é continuidade da frase anterior, que fala que não foram mencionados outros participantes. Não é. Provavelmente era um encontro de várias pessoas para falar dos desdobramentos do pré-sal.
Entretanto, o que é mais irritante é que nada disso configura crime. O depoimento de Lula foi espontâneo. Ele falou com franqueza, de memória. É evidente que se poderá encontrar uma pequena contradição aqui ou lá, porque ele é humano. O que Lula tentou transmitir, aos inquisidores, é que ele não participava do dia a dia das decisões dos diretores da Petrobrás, pela simples razão de que era presidente da república e tinha mais o que fazer. Ele discutia questões estratégicas, se houve uma reunião com um diretor, ou na qual um diretor estava presente, era para discutir questões estratégicas.
Na falta de provas contra Lula, a Lava Jato e a mídia continuam apostando na baixa intriga, no joguinho sujo, na canalhice.
 Miguel do Rosário

Miguel do Rosário

Editor em Cafezinho
Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

Anatomia Moral De Moro

Copiado do blog de Amoral Nato

O Pensamento Do Juiz Autoritário 

Em 14 Pontos

Via Justificando
I – Introdução
Em 1950, foram publicadas as conclusões da pesquisa conduzida por Theodor W. Adorno e outros pesquisadores, realizada nos Estados Unidos da América, logo após o fim da 2ª Guerra Mundial e a derrota dos fascistas, com o objetivo de verificar a presença naquele país de tendências antidemocráticas, mais precisamente de indivíduos potencialmente fascistas e vulneráveis à propaganda antidemocrática. Os dados produzidos na pesquisa, tanto quantitativos quanto qualitativos, não deixaram dúvida: a potencialidade antidemocrática da sociedade norte-americana já era um risco presente naquela oportunidade.
Neste breve texto, prévio à elaboração de pesquisa mais profunda sobre a tradição autoritária dos atores jurídicos, a ser conduzida pelo Núcleo de Pesquisa da Passagens – Escola de Filosofia, buscar-se-á, a partir dos caracteres da personalidade autoritária identificados por Adorno, demonstrar que eventual potencialidade fascista de juízes brasileiros é um risco à democracia no Brasil, em especial porque o Poder Judiciário deveria funcionar como guardião dos direitos e garantias fundamentais, isto é, como limite ao arbítrio em nome da democracia e não como fator antidemocrático.
A investigação segue a hipótese formulada por Adorno: que as convicções políticas, econômicas e sociais de um indivíduo formam com frequência um padrão amplo e coerente, o que alguns chamam de “mentalidade” ou “espírito”, e que esse padrão é expressão de profundas tendências de sua personalidade. No caso dos juízes brasileiros, a aposta era de que seria possível falar em uma tradição ou uma mentalidade antidemocrática, que vislumbra o conteúdo material da democracia, os direitos e garantias fundamentais dos indivíduos, como um obstáculo a ser afastado em nome da eficiência do Estado.
Para identificar o espírito ou a mentalidade antidemocrática, para os fins deste pequeno artigo, a proposta é de que o leitor compare artigos, entrevistas e decisões judiciais com sintomas e características identificadas por Adorno em 1950 como tendencialmente antidemocráticos.

“Premiada de Palocci”: a extorsão mediante sequestro da Lava Jato

estocolmo
Não sei se é verdade que o ex-ministro Antonio Palocci esteja negociando uma delação premiada.
Não sei, porque o noticiário virou um apêndice dos interesses da República de Curitiba, mas o que este noticiário registra é aterrador.

Diz que o Ministério Público exigiu que Antonio Palocci demitisse o advogado José Roberto Batocchio, que o defendia há 12 anos,. por dois negociante de “se eu acusar, vocês me aliviam, né”?
Batocchi declarou apenas que seu cliente não resistiu a  Guantánamo subtropical.

Diz ainda a mídia que foi condição que Palocci desistisse do habeas-corpus que impetrou no STF e que o ministro Luís Edson Fachin, para não se ver  outra vez derrotado na negativa em concedê-lo na 2a. Turma do Tribunal, empurrou para o plenário.

Nos tempos (antigos) do Direito, obrigar o acusado a abdicar de seu advogado por outro e a transacionar a apresentação de habeas corpus eram manifestamente ilegais.

E se isso se faz para obter algo, condicionando a esta obtenção a devolução da liberdade, o que se tem é extorsão mediante sequestro.

Crime, portanto.

Não importa que Palocci não seja flor que me bem cheire, não é esse um tratamento que um ser humano e um cidadão mereça.

Posso ter o julgamento moral que quiser sobre ele, sobre Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, João Santana e qualquer um dos envolvidos na Lava Jato.

Posso até ter nojo do que fazem.

O que não posso, e ninguém pode, é praticar a chantagem sobre eles.

Este é o nome que merece o que se tornou a “delação premiada”: chantagem premiada.

Dar a alguém o poder de decidir se alguém ficará preso ou será solto se e como delatar.

A Lei de Delação Premiada, que deveria ser um instrumento de busca da verdade e de responsabilização de quem merece ser responsabilizado, virou instrumento disto, de chantagem.

Tudo o que está em jogo é quanto alguém suporta de cadeia: três, seis, 12 meses ou mais.

E o país, como na Síndrome de Estocolmo, pela melodia da mídia, seu Flautista de Hamelin, vai caminhando para o precipício, rumo ao quinto inferno.

Petrobrás vende 70% da Rlam e trabalhadores correm risco de demissão

A direção do Sindipetro Bahia recebeu de fontes seguras a informação que a primeira refinaria do Sistema Petrobrás, inaugurada em 1950, e segunda maior refinaria do país em capacidade de processamento, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), foi vendida para uma multinacional  petrolífera.

Segundo essas fontes, a gestão entreguista da Petrobrás vendeu 70% da RLAM, restando à Companhia os 30% que a coloca na posição de acionista minoritária. 

Com isso, a gestão da refinaria, localizada na Bahia, passa a ser feita pela nova empresa, que já começou a realizar levantamento dos empregados lotados na unidade, o seu perfil, benefícios que recebem, afastamentos, contratos existentes e quantidade de terceirizados.

Como se costuma dizer no mundo dos negócios, a venda teria sido feita de porteira fechada, fazendo parte do pacote, o quadro de empregados e todo o sistema logístico da RLAM (Terminal Madre de Deus, tubovias, etc).

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, vem alertando para a venda desses ativos desde a época que representava os empregados da empresa no Conselho de Administração da Petrobrás.

 “Denunciamos que a gestão da Petrobrás estava formatando o negócio Refino de forma que ficasse mais atrativo para os investidores. 

E foi o que fizeram com as refinarias agregando a elas os terminais marítimos, terrestres e dutovias para que a empresa "parceira" tivesse maior interesse nesse negócio, comprando não apenas refinarias e seu sistema logístico, mas também o mercado consumidor que está cativo a essas refinarias. 

No caso da RLAM, essa abastece o mercado do Norte e Nordeste e é responsável por 25% de toda a exportação de gasolina da Petrobrás, devido ao porte do Terminal Marítimo de Madre de Deus”.

“Agora, o negócio está sendo fechado sem nenhuma transparência, trazendo grande insegurança para os trabalhadores lotados nessa refinaria e lesando o patrimônio do povo brasileiro”, afirma Deyvid.

Parente está colocando o patrimônio da empresa (Refinarias, Campos de Petróleo, Termelétricas, Liquigás, BR Distribuidora, FAFENs, PBio, Gasodutos, GASPETRO...) em um saldão de negócios, correndo o mundo para oferecer, ou melhor, entregar diversas unidades do Sistema Petrobrás à iniciativa privada. 

No começo do mês de maio, em evento da OTC (uma espécie de Oscar que premia as empresas de petróleo), nos EUA, ele apresentou o portfólio do parque de refino do Sistema Petrobrás, anunciando o seu processo de privatização.

Até 2014, período em que foram ampliados investimentos na Petrobrás, a RLAM chegou a ter 1.400 empregados próprios com um dos melhores Acordos Coletivos de Trabalho do Brasil. 

Isso foi um dos fatores que auxiliou o estado da Bahia, na última década, a aumentar a geração de riquezas, o consumo e o padrão de vida da população. 

Na esteira do que tem sido feito no governo Temer, Pedro Parente também aplica um golpe na vida dos trabalhadores da Petrobrás: reduz o número do efetivo, tenta retirar as conquistas obtidas pelos trabalhadores e, agora, com a privatização da RLAM visa reduzir e precarizar o emprego e minar a melhora das condições econômicas e sociais dos Petroleiros na Bahia.

Ações que visam barrar a venda da Rlam
O Sindipetro Bahia já está tomando medidas jurídicas, políticas e de mobilização para enfrentar essa realidade, com a certeza de que este é um ataque que atinge toda a categoria petroleira.

A diretoria já tem agendada uma reunião com advogados especialistas no assunto para impetrar ações judiciais que visem barrar esse desmonte e entrega do patrimônio público. 

Também, já manteve contato com os deputados federais Jorge Solla e Nelson Pelegrino (ambos do PT), Daniel Almeida, Alice Portugal e Davidson Magalhães (todos do PC do B,) que se comprometeram a fazer a denúncia na Câmara e pedir a abertura de uma CPI para investigar as vendas dos patrimônios do Sistema Petrobrás, que estão sendo feitas, por debaixo do pano, sem publicidade ou transparência, como determina a Lei de licitações.

A diretoria entende que a Defesa da Petrobrás deve ser ampliada para outros setores da sociedade, como os movimentos sociais, representantes da indústria nacional e também de parlamentares nacionalistas de outros partidos políticos.

A direção, também, está cobrando uma reunião com o governador da Bahia, Rui Costa, para que ele se posicione contra o desmonte do Sistema Petrobrás, tão importante para o desenvolvimento do Estado.

O Sindipetro Bahia pretende buscar imediatamente a construção da unidade nacional da Categoria Petroleira e de seus sindicatos na defesa da RLAM, do Sistema Petrobrás e da Soberania Nacional. Logo que a empresa confirme, colocando pública a venda da RLAM, irá pleitear junto ao Conselho Deliberativo da FUP e seus sindicatos filiados a realização de uma greve nacional da Categoria Petroleira.

Infelizmente, quando a negociação for concretizada, os trabalhadores e trabalhadoras da RLAM não terão opções. 

Muitos postos de trabalho serão perdidos, assim como todos os funcionários vão passar a pertencer aos quadros da nova empresa. 

Para Deyvid, “se os petroleiros e petroleiras não tomarem consciência da gravidade do assunto, podem sim, serem demitidos e perderem inúmeros benefícios conquistados”. 

Para ele “o momento é de união para que possamos nos fortalecer, enfrentar e resistir”.

A principal saída para barrar esse saldão e a Petrobrás voltar a ser o que era, é fazer o enfrentamento a essa política privatista com denúncias, mobilizações, bem como com luta e resistência da categoria através de um movimento paredista de âmbito nacional, com unidade do movimento sindical e apoio dos Movimentos Sociais.

Vamos construir a maior greve da história da Categoria Petroleira!

Nota: Instituto Lula tem histórico de 26 anos dedicados à transformação social

09/05/2017 19:53


O Instituto Lula, desde sua primeira fase, tem uma história de 26 anos dedicados a apoiar a transformação da sociedade brasileira, superar a desigualdade, promover o desenvolvimento e apoiar a construção da democracia no Brasil e no mundo. Na mesma casa onde funciona há mais de duas décadas nasceram projetos como o "Fome Zero" e o "Projeto Moradia", que mais tarde se consolidariam em políticas públicas no governo do ex-presidente Lula, como o “Fome Zero“, o “Bolsa Família“, o “Programa Minha Casa, Minha Vida“, o “Programa Luz Para Todos“ e o “Projovem“.

Em agosto de 2011, o Instituto Cidadania passou a se chamar Instituto Lula e continuou funcionando no mesmo endereço. 

Como Instituto Lula, promoveu debates públicos dentro e fora do país, reuniu estudiosos, acadêmicos, sindicalistas, empresários, jovens, religiosos, embaixadores, artistas, técnicos e produtores culturais, ativistas de redes sociais, blogueiros, jornalistas, representantes de movimentos sociais, de ONGs e dirigentes, além de autoridades e governantes do Brasil e de muitos outros países. 

O Instituto compartilhou sua produção com a sociedade em eventos, publicações e com ferramentas de educação e pesquisa como o Memorial da Democracia e o Brasil da Mudança.

Até agora, o Instituto não foi notificado oficialmente da decisão do juiz e seus advogados averiguarão as medidas cabíveis assim que tiverem o teor da decisão.

Leia no link abaixo o relatório completo das atividades do Instituto desde sua fundação: